Conselho de Arbitragem reuniu os árbitros para um encontro de trabalho, que decorreu na Cidade do Futebol, e onde participou José Manuel Meirim
Os árbitros da principal categoria (C1) estiveram reunidos esta quarta-feira na Cidade do Futebol. Tratou-se de um encontro de trabalho, multidisciplinar, com especial incidência para o vídeo-árbitro.
Nesta reunião, que teve primeiro trabalho em sala e mais tarde no relvado, regista-se uma intervenção do presidente do Conselho de Disciplina.
José Manuel Meirim, o Conselho de Arbitragem e os árbitros C1 refletiram sobre algumas das principais alterações introduzidas esta época, nomeadamente o vídeo-árbitro e os processos sumários por auto de flagrante delito.
Para além disso, os árbitros analisaram vários lances já ocorridos esta época, com especial incidência para seis, de jogos da Liga NOS e Ledman Liga Pro, todos desta jornada, que foram mostrados sobre o uso de força excessiva, principalmente de entradas perigosas com o pé na cabeça ou em qualquer outra zona da parte superior do corpo do adversário.
A utilização deste tipo de jogada, especialmente perigosa para a integridade física dos jogadores, foi detetada a partir da análise semanal exaustiva que o Conselho de Arbitragem faz de todos os jogos das competições profissionais. Foi algo que cresceu de forma significativa na última jornada, pelo que o CA entendeu agir de imediato.
Os árbitros analisaram em conjunto as imagens, detetaram as oportunidades de melhoria e receberam do CA uma indicação clara: a tolerância para este tipo de lance será nula e o cartão vermelho é para mostrar.
“Analisámos diversos clips e deparámo-nos com essa tendência preocupante. Ao fim de quatro jornadas, é tempo para alertar os árbitros para este facto, aproveitando para informar também os clubes, treinadores e jogadores", disse o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, José Fontelas Gomes, ao site fpf.pt.
“Percebemos que tem havido um número excessivo de entradas perigosas, que colocam em causa a integridade física do adversário. Entendemos que deve haver tolerância zero para este tipo de lances, e foi isso que passámos aos árbitros”, acrescentou ainda.
Tal como no curso de início de época, parte relevante da sessão incidiu sobre o vídeo-árbitro, sua utilização e relacionamento com os árbitros de campo.
"Este dia foi muito proveitoso, os árbitros puderam ouvir as nossas indicações, trocar experiências e ver casos de estudo", disse o líder da arbitragem. "Como em todas as áreas da arbitragem, procuramos a uniformidade de critérios e momentos de utilização", disse Fontelas Gomes.