Vice-campeãs mundiais recebidas em festa

Futsal Fem. - Seleção A

Ana Azevedo e Ana Catarina foram as porta-vozes do grupo

Ana Azevedo e Ana Catarina foram as porta-vozes das vice-campeãs mundiais, à chegada a Lisboa, onde as lusas tinham à sua espera uma receção digna de registo: dezenas de adeptos, incluindo familiares e amigos das craques lusas, fizeram questão de rumar ao Aeroporto Internacional Humberto Delgado saudar a Seleção Nacional de Futsal Feminino. 

Depois do presidente Pedro Proença e do Selecionar Nacional Luís Conceição, foi a capitã de Portugal a tomar a palavra junto da comunicação social. 

Ana Azevedo, em discurso direto:

"Fica um sentimento de orgulho. Não nos podemos esquecer que somos vice-campeões do Mundo. Os portugueses foram fantásticos, apoiaram-nos sempre. Virem aqui receber-nos desta forma, é sinal que fizemos bem o nosso trabalho e merecemos o respeito de toda a gente. Somos pioneiras e também privilegiadas porque pudemos estar no primeiro Mundial da história. Fomos desfrutando ao máximo do que estávamos a viver. Foram muitos dias fora de casa, com o sacrifício de estarmos longe das nossas famílias. Mas uma ao lado das outras, conseguimos fazer com que tudo fosse ainda melhor. A fasquia está sempre elevado. Comigo sempre foi assim: em todas as competições que entramos, é para ganhar. Acredito que somos melhores, sempre acreditei.  A frustração é enorme porque colocámos a nós próprias a ambição de ganhar. Mas agora também percebemos que somos vice-campeãs do Mundo e alcançámos um feito histórico. E reforço: ganhámos o respeito de toda a gente, o que é muito importante."

 

Considerada a Melhor Guarda-Redes da primeira edição do Mundial, Ana Catarina realçou o feito de Portugal, mas confessou que trocava a distinção individual pela vitória coletiva. 

Ana Catarina, em discurso direto:

"A partir do momento em que participamos na primeira edição do Mundial, só temos de nos sentir orgulhosas e privilegiadas. Acho que, apesar do resultado, e eu odeio perder e ainda não superei, a maior vitória que podíamos é a existência deste Campeonato do Mundo. É Portugal ter chegado à final, é termos dignificado o país e termos batido equipas como Japão, Itália e Argentina. Fizemo-lo de forma clara e expressiva. Mas a maior vitória que podemos tirar daqui é, claramente, a conquista da existência de um Campeonato do Mundo. É um passo de gigante para a evolução do futsal feminino. Sofro com as derrotas. Sofro muito, mas depois transformo em motivação. Sofri muito, foi horrível e estou a odiar o que estou a sentir por não ter sido campeã do Mundo. Portanto, agora imagino o que sentiria se tivesse sido campeã, e transformo esse sentimento em ambição para daqui a quatro anos ser campeã do Mundo. Trocava o prémio pela conquista do Campeonato do Mundo. Mas significa que consegui a ajudar a nossa Seleção a ficar tão perto de ser campeã mundial. Mais do que ser atleta, olho muito para ser um exemplo e abrir portas às jogadoras para virem jogar futsal. A existência de um Campeonato do Mundo é muito importante, também para atrair novas jogadoras e os próprios pais. O nosso presidente já nos tinha dito que só iriamos ter noção do nosso feito, quando aterrássemos em Portugal. Já começo a perceber…"


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