Jogo de preparação para o Euro 2025
Portugal e Nigéria empataram a zero, esta segunda-feira, no último desafio de preparação das lusas, com vista à participação no Campeonato da Europa, a disputar na Suíça, entre 2 e 27 de julho de 2025.
Consulte aqui as incidências da partida.
Para este ensaio, Francisco Neto apostou em Inês Pereira na baliza, com uma linha de três centrais - Ana Seiça, Carole Costa e Fátima PInto -, duas alas/extremo - Catarina Amado e Beatriz Fonseca - e um meio-campo povoado com Andreia JAcinto, Dolores Silva e Andreia Norton. Na frente, Jéssica Silva e Diana Silva.
Esta última foi protagonista de vários lances de perigo junto da área da guarda-redes Nnadozie, que, aos 24 minutos, tirou à portuguesa aquele que podia ter sido o primeiro golo do encontro, com uma grande defesa.
Aos 28, a "dupla Silva" falhou, no mesmo lance, um desvio para golo, após bom cruzamanto de Catarina Amado, na direita. Pouco depois da meia-hora, a mesma Nnadozie defendeu um remate "desenhado" por Andreia Norton, que iria encaixar a bola no ângulo direito da sua baliza.
No reatamento, a mesma Diana Silva e Ana Seiça, entre os 46 e os 52 minutos, protagonizaram mais duas tentativas de golo, mas a guardiã nigeriana mostrou-se eficaz. Não foi preciso esperar muito por nova oportunidade portuguesa, com Jéssica Silva a optar por tentar ultrapassar Nnadozie, mas esta atrapalhou-lhe os planos.
Aos 64, o selecionador nacional fez as primeiras trocas: Dolores SIlva e Beatriz Fonseca por Tatiana Pinto e Ana Capeta.
O desafio prosseguiu sem alterações no resultado e Francisco Neto procedeu a novas alterações, desta vez no ataque das Navegadoras, aos 78 minutos: Diana Silva deu lugar à primeira internacionalização de Bárbara Lopes, enquanto Andreia Norton e Jéssica Silva foram substituídas por Andreia Faria e Stephanie Ribeiro.
A Nigéria reagiu e quase marcou, na sequência de um lance fortuito: Francisca Ordega foi rápida no aproveitamente de uma bola perdida e do adiantamento da guardiã Inês Pereira, mas o chapéu da nigeriana embateu com estrondo na trave de Portugal.
Ainda antes do apito final, aos 88 minutos, houve tempo e espaço para mais uma estreia: Samara Lino rendeu Andreia Jacinto, assinalando o seu primeiro jogo pela Seleção Nacional Feminina.
Stephanie Ribeiro teve nos pés a derradeira ocasião, mas a tentativa saiu ao lado do poste direito da baliza da Nigéria (90+6).
Apesar de ter criado mais e melhores oportunidades, Portugal não conseguiu quebrar a resistência nigeriana, empatando a zero no último jogo de preparação antes do Euro 2025.
No final da partida, o Selecionador Nacional procedeu à análise do jogo, enquanto Bárbara Lopes e Samara Lino também tiveram a oportunidade de falar pela primeira vez na condição de internacionais portuguesas.
Francisco Neto: «Não sofrer golos é sempre bom, seja qual for o jogo. Acima de tudo, fica a competência, a entrega das jogadoras e a forma como conseguimos criar oportunidades claras de golo. Relembro duas: a Jéssica Silva, isolada; e aquela em que a bola cruzou a área, mas a Jéssica e a Diana não conseguiram tocar na bola. Levamos coisas muito boas deste jogo. Não podemos esquecer-nos que tivemos pela frente a melhor equipa africana de sempre. A Nigéria conquistou nove títulos nos 12 possíveis até ao momento. Foi um jogo muito difícil, muito físico, mas nós batemo-nos muito bem. Muita entrega, muita entreajuda e bons indicadores para continuarmos a crescer até ao Europeu.
Bárbara Lopes: «Vestir esta camisola é muito especial. Mais especial ainda por ser a camisola da Seleção A. Estou muito feliz! O coração está apertadinho, não vou mentir. Em relação ao jogo: nós queremos defender bem para depois podermos marcar golos e ganhar jogos. Não estamos contentes porque não ganhámos, mas estamos felizes porque estamos a preparar o Euro e temos de olhar para o futuro. Há que continuar a trabalhar e a procurar as vitórias que queremos trazer para Portugal. Ir ao Euro é um objetivo pessoal, mas quero é ajudar a equipa e que a equipa tenha o melhor desempenho possível no Campeonato da Europa.»
Samara Lino: «Representar Portugal pela primeira vez é um momento de grande felicidade e muito orgulho. É mesmo especial! Senti nervosismo, mas quando entrei ficou o sentimento de felicidade. Foi uma partida que demonstrou a capacidade que temos. Criamos muitas oportunidades. Temos de continuar este trabalho e continuar a crescer. A preparação está a ser muito boa.»