Princípio do combate ao match-fixing e corrupção desportiva
A Cidade do Futebol recebeu a Conferência Final do SAMF (Sports Against Match-Fixing), criado no âmbito dos programas Erasmus+ e coordenado pela FPF.
Pedro Fonseca, Diretor da UNCC da Polícia Judiciária e Coordenador da Plataforma nacional destinada ao tratamento da manipulação de competições desportivas, resumiu num princípio e numa frase o mérito do trabalho do SAMF: “É preciso apostar as fichas todas na prevenção”.
E como explicou Rute Soares, diretora da Integridade e Compliance da FPF e membro do SAMF, é entre os mais jovens que o projeto deve ser implementado para ter sucesso. E foi esse “o caminho trilhado, tendo sido construídos materiais de trabalho que incluem também jogos educativos”, conforme detalhou Rute Soares.
Vicente Ven, responsável pela Unidade Anti-Match-Fixing da UEFA, regozijou-se por se encontrar em Lisboa para “celebrar um grande projeto como SAMF ao qual UEFA dá total apoio”, tendo rematado com uma declaração de “gratidão pelo envolvimento de todos na luta contra o match fixing”.
O comissário europeu Matteo Zachetti realçou que “a Importância do projeto traduz-se pela prioridade em promover ações de formação junto dos mais jovens”, ideia que foi sublinhada pelo diretor da PJ, Pedro Fonseca, considerando que “esse é um dos pilares essenciais para o combate ao match-fixing”.
O coordenador da Plataforma Nacional de Integridade reforçou que “promover a educação e reprimir com solidez são fatores de prevenção essenciais”, ao mesmo tempo que frisou que o “combate só se faz através de equipas multidisciplinares e com multivalências”.
Pedro Fonseca destacou a importância que a FPF tem tido nesta luta, defendeu ser fundamental a criação de um programa nacional de integridade e acrescentou que o Regime jurídico tem instrumentos essenciais para o combate a corrupção desportiva”
O diretor da PJ lembrou ainda os resultados da operação “Jogo Duplo” e que “uma das maiores ameaças é o envolvimento do crime organizado num mundo que deveria ser de integridade, igualdade, transparência, lisura e justiça”. Para Pedro Fonseca não são apenas os salários em atraso que provocam situações de match-fixing mas também a “avidez, a ganância e a participação de verdadeiras máfias associadas ao branqueamento”.