FPF lança plataforma para denúncia de discriminação

Responsabilidade Social

Plataforma online 'Futebol para Tod@s' já se encontra em funcionamento.

É mais um passo rumo à igualdade, ao respeito, à tolerância e à plena inclusão no futebol. No cumprimento da sua responsabilidade social, a Federação Portuguesa de Futebol lançou esta segunda-feira a plataforma digital Futebol para Tod@s, destinada à denúncia e combate de todas as formas de discriminação no futebol.

Este novo instrumento proporciona um meio de fácil acesso a todos os agentes desportivos para denúncia de situações e comportamentos discriminatórios com base em raça, etnia, nacionalidade, religião, identidade ou orientação sexual, convicções políticas e ideológicas, situação económica ou outros fatores.

O presidente da FPF, Fernando Gomes, explicou publicamente em abril que as denúncias feitas nesta plataforma "serão acompanhada e punidas dentro do quadro normativo" da Federação. Fernando Gomes vincou, também, o empenho da FPF "na construção de mais e melhor futebol, mas também de uma sociedade mais equitativa e evoluída".

Como funciona a plataforma Futebol para Tod@s:

De fácil acesso e utilização, o Futebol para Tod@s permite que o denunciante, através de um simples clique no menu "apresentar denúncia", possa inserir todas as informações relevantes sobre discriminação de que tenha conhecimento e enviá-las para a plataforma.

Pode ainda inserir os seus dados pessoais, ou, caso não o deseje fazer, limitar-se a deixar um email de contacto.

A quem se destina:

Destina-se a todos os agentes desportivos do futebol português: jogadoras e jogadores, treinadoras e treinadores, auxiliares técnicos, árbitros, observadores de árbitros, dirigentes, funcionários, trabalhadores e colaboradores dos clubes, 'staff' médico, todos os sujeitos que desempenhem funções ou exerçam cargos no decurso das competições femininas e masculinas de futebol em território nacional.

Outros projetos FPF contra a discriminação

O lançamento da plataforma Futebol para Tod@s é mais um esforço da FPF no combate à discriminação no futebol, juntando-se a outras iniciativas importantes do organismo para fomentar a igualdade, o respeito e a inclusão. 

O Prémio Futebol para Todos é uma dessas iniciativas. Criado em 2018 pelo departamento de Responsabilidade Social da FPF, no âmbito do programa da UEFA HatTrick FSR, este prémio tem como objetivo envolver a sociedade civil no combate à discriminação e a promoção da inclusão social. Já foram premiadas nove instituições. Todas as candidaturas ao prémio têm como premissa que cada individuo é único e a rejeição de todas as formas de discriminação.

Em abril de 2021, a FPF contribuiu para a construção do Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação, que foi apresentado pelo Governo português e está disponível para consulta pública, AQUI. Este plano visa concretizar o direito à igualdade e à não discriminação como alicerce da democracia portuguesa. 

Com o claro propósito de fomentar o fair-play, dentro e fora do relvado, a FPF lançou o movimento #DeixaJogar na Gala Quinas de Ouro 2019. Este movimento é acompanhado por um filme que tem como pano de fundo uma experiência social, em que se pediu aos pais que lessem em voz alta aquilo que mais marcou os seus filhos na última época. O resultado foi a surpresa desagradável dos mesmos face àquilo que estava retido na memória dos pequenos atletas.

Racismo fora-de-jogo é uma campanha de sensibilização que se insere no movimento #DeixaJogar. Envolveu, além da Federação Portuguesa de Futebol, a APAF e o Sindicato de Jogadores, e foi ativada em todas as competições organizadas pela FPF. 

Na série de animação infantil SuperQuinas, criada pela FPF, e a passar nos canais Panda e Biggs, são transmitidas mensagens importantes de fair-play, tolerância e respeito às gerações mais jovens. Os personagens da série, a equipa dos SuperQuinas, são intencionalmente multiculturais e multigénero.

A FPF estebeleceu uma parceria com a Amnistia Internacional no projeto 'Eu Jogo pelos Direitos Humanos', que envolve igualmente a Liga Portugal, entidades governamentais, empresas de telecomunicações e associações de classe ligadas ao futebol, na missão de sensibilizar e educar para os Direitos Humanos através do desporto. 

O mesmo acontece com o movimento Black Lives Matter, ao qual a FPF se associou para o lançamento de um site e um estudo pioneiro sobre racismo no futebol português. No âmbito desta parceria, foram promovidas várias ações de sensibilização nas competições que a FPF organiza.

Através do Canal 11, a FPF produziu reportagens e conteúdos diversos no qual é abordado e denunciado o problema do racismo no futebol, lançando o debate na sociedade.

A FPF juntou-se às celebrações da Semana de Ação da CAFE (Centro para o Acesso ao Futebol na Europa) em março, com o lançamento de um inquérito para adeptos de futebol com deficiências. O objetivo é investigar o nível de acessibilidade dos estádios portugueses e conhecer as principais barreiras que enfrentam os adeptos com deficiências.

Em 2018, a FPF lançou o movimento “Conquista o Sonho”, um projeto de arte urbana em parceria com várias Câmaras Municipais e um coletivo de oito artistas nacionais. A iniciativa baseou-se numa visão do futebol como motor da diversidade e da inclusão social. E o objetivo era, e ainda é, envolver todos os portugueses, independentemente do género, cor, etnia, idade e religião, no apoio à Seleção Nacional.

A dar a cara em diversas iniciativas da FPF contra a discriminação têm estado os Selecionadores Nacionais Fernando Santos, Jorge Braz e Francisco Neto, internacionais das Seleções Nacionais masculinas e femininas de futebol, futsal e futebol de praia, bem como árbitros.

ACEDA AQUI À PLATAFORMA DE DENÚNCIA FUTEBOL PARA TOD@S


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