Treinadora Nacional fez o balanço do estágio das sub-16.

A Seleção Nacional feminina sub-16 terminou, esta quinta-feira, um estágio de quatro de dias cujos trabalhos foram realizados na Cidade do Futebol.

Convidada pelo fpf.pt a fazer algumas considerações sobre a semana de trabalho da Equipa das Quinas, a Treinador Nacional Marisa Gomes admitiu que o balanço genérico é satisfatório: “Percebemos claramente que o desempenho das jogadoras foi bastante mais positivo em comparação com o estágio anterior, que tinha sido em maio. Em termos gerais, apresentaram-se com capacidade para responder aos nossos desafios, às nossas propostas e estiveram muito bem”, referiu.

Para a timoneira da equipa nacional, o trabalho desenvolvido pelo grupo de trabalho que orienta foi colocado em prática no jogo-treino desta quarta-feira, diante da equipa masculina sub-14 do CIF: “Este grupo tem tido uma grande capacidade de absorver a informação. A qualidade do treino foi evoluindo ao longo da semana e ontem conseguimos ver muitas coisas positivas nesta equipa – quer em termos individuais, quer coletivos: a capacidade de perceber como tinha de ter a bola, de ser mais agressiva quando a perdia – pressionando o adversário – e também de perceber como se enquadrar para a poder recuperar. Foi um bom teste porque a equipa do CIF estava muito organizada e tivemos algumas dificuldades na primeira parte, mas a capacidade de resposta das jogadoras foi espetacular quando receberam a informação que lhes permitiu voltarem a organizar-se. O desempenho foi muito positivo, marcámos dois golos, tivemos mais oportunidades e estamos mesmo muito satisfeitos.”

As consequências da paragem competitiva provocada pela pandemia ainda se fazem sentir: “Em termos de contexto, o que sentimos de diferente é que as jogadoras estão um pouco mais inseguras, o que é normal para a idade delas. Isso também é fruto do contexto internacional que não tiveram durante este tempo. Sabemos que neste momento e neste patamar, se tivessem tido o seu percurso normal, seriam mais confiantes, mais seguras das suas competências. Cabe-nos trabalhar para que consigam estar ao mais alto nível. Temos de arranjar ferramentas para ajudá-las a atingir o desempenho que podem e isso também é um desafio para nós. Esta semana foi muito especial porque as jogadoras foram fabulosas. Foi fantástico."

Na próxima semana, a Seleção Nacional feminina sub-16 vai realizar dois jogos de preparação com a Eslováquia e Marisa Gomes salienta a importância estruturante destes testes para o futuro: “Perspetivamos este trabalho no sentido de orientar o que será o primeiro torneio de apuramento para o europeu feminino sub-17 da próxima temporada, que jogaremos aqui em Portugal, no mês de novembro. Vamos jogar contra a Finlândia, a Bósnia e a Alemanha, por isso é um grupo de exigência máxima. No fundo, estamos a criar um conjunto de condições para que possamos reverter os efeitos da paragem. Temos feito ainda um trabalho de acompanhamento das futebolistas nos vários escalões e, sobretudo, de motivação, de mostrar às jogadoras e aos clubes que queremos investir e que há muito a fazer", concluiu.