A influência do mês de nascimento nas oportunidades como futebolista

Portugal Football School

Novo estudo do Portugal Football Observatory avalia efeito da idade relativa nos escalões de formação do futebol masculino português - COM VÍDEO

Um jogador nascido a 1 de janeiro de 2004 alinha, em 2020/2021, nos sub-17. Um companheiro de equipa que tenha nascido a 31 de dezembro do mesmo ano alinha no mesmo escalão. É fácil perceber, contudo, que existem possibilidades de ambos se encontrarem em diferentes fases de maturação biológica, com diferentes níveis de desenvolvimento físico e psicológico.

Será que esta diferença confere alguma vantagem, em termos de oportunidades de integrar plantéis e jogar mais tempo, aos atletas nascidos no primeiro trimestre do ano face aos que nasceram no último? Ou mesmo dos nascidos no primeiro semestre em relação aos que nasceram no segundo?

O mais recente estudo do Portugal Football Observatory tenta responder a estas questões e conclui que o efeito da idade relativa – é este o nome científico do fenómeno - está presente no futebol masculino, não sendo estatisticamente relevante no futebol feminino e no futsal.

Avaliando os dados de nascimento de futebolistas inscritos na FPF, dos que abandonaram a modalidade e por classificação das entidades formadoras onde se integram - cruzando depois tudo isto com opiniões de jogadores e treinadores - o terceiro trabalho do Portugal Football Observatory permite deixar uma questão para reflexão: será que se perdem talentos, ao longo do percurso de formação, apenas porque nasceram mais tarde no respetivo ano de nascimento?


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25 de Maio 2021
Foto

FPF/André Sanano

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