Fernando Santos: "Espero excelente confronto com Espanha"

Seleção A

Fernando Santos espera jogo de grande qualidade frente a Espanha, mas sublinha que jogos contra França e Suécia valem pontos.

Fernando Santos em discurso direto na convocatória para os encontros face a Espanha, França e Suécia. 

- “Não vamos relativizar o jogo com a Espanha. Irá jogar a equipa que eu entender, tendo em conta, claro, que quatro dias depois há um jogo em França para a Liga das Nações. O jogo com Espanha não dá pontos, o jogo com a França já dá. Com a Espanha poderemos fazer seis substituições o que também permite fazer uma gestão dos jogadores. (...). Mesmo assim, com a Espanha espero um excelente confronto com duas equipas que gostam de jogar e que têm muita qualidade”.

- "A convocatória é estável. Não é por haver três ou quatro saídas que é sinónimo que esses não regressem. Temos um lote muito alargado e a seleção é muito alargada. Estou muito satisfeito com o comportamento daqueles que desta vez não vêm e tenho confiança absoluta neles. Entendi que nesta janela devia optar por outros jogadores, mantendo as características essenciais. Qualidade é o fator principal. Temos o plano de jogo, o nosso pensamento e em jogo depende muito do que o adversário deixa, mas é importante as características dos jogadores. Isso tem algum peso e há confrontos diferentes. Para determinado confronto, um jogador mais rápido, mais vertical, menos vertical, pode ser mais importante. É nesta base que na seleção vamos fazendo as escolhas. Uma equipa que joga com três centrais convoca mais centrais, por exemplo. Tudo o que tem a ver com plano estratégico é que vai ditando a convocatória, mas não em relação à qualidade. Há jogadores que já vieram que gosto, mas no padrão atual se calhar têm menos características. Em 2016, Portugal tinha mais médios no meio-campo, agora está com jogadores nas alas. São características diferentes, que ditam as convocatórias."

- "Nunca há tempo para treinar. Todos os selecionadores falam disso porque é um dos défices das equipas nacionais. A maioria dos jogadores vem com muitos jogos já em cima porque vêm a seguir a competições europeias, campeonatos… normalmente resta-nos um dia para trabalhar um pouco mais. Esse é o mérito dos treinadores AA e sub-21 que é conseguir em pouco tempo resolver questões importantes. França joga a três centrais, mas em regime normal poucas vezes temos defrontado equipas assim. A equipa tem de pensar em relação ao adversário. Se em ambiente normal estamos mais contra 4x4x2 ou 4x3x3, precisamos de tempo. Depois há a recuperação dos jogadores. O mais difícil é chegarmos aos nossos jogos com os jogadores recuperados mentalmente e fisicamente. Temos conseguido chegar com os jogadores frescos. "

- "Desde início que me manifesto favoravelmente em relação a essa questão. O público é fundamental. A presença no estádio, por aquilo que traz ao jogo, o ambiente, o apoio. O futebol sem público é futebol na mesma e joga-se da mesma maneira e, com o hábito, as coisas correm e fluem de forma diferente. Há uns meses, percebia-se que os primeiros mostravam falta de habituação. Depois foram fluindo. Mas sem público é sempre diferente. Na minha opinião, respeitando sempre o que é mais importante para todos, que é a saúde pública, acho que o futebol deve ter público. Espero e desejo que esta oportunidade concedida à FPF nos jogos internacionais possa ter reflexo nos jogos do campeonato. É fundamental e parece-me claro que em estádios com 50 ou 60 mil com 10, que as pessoas cumpram as regras, é bom para o espetáculo, para os jogadores."


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1 de Outubro 2020
Foto

Diogo Pinto/FPF

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