A primeira intervenção de Pedro Proença

Institucional

O 32.º presidente da Federação Portuguesa de Futebol em discurso direto

Pedro Proença foi empossado presidente da Federação Portuguesa de Futebol, esta segunda-feira, na presença das mais altas individualidades do futebol nacional, como também de inúmeras personalidades da sociedade portuguesa.

O 32.º presidente da história da Federação tomou a palavra perante uma FPF Arena Portugal que vestiu de gala para acolher tão importante cerimónia. 

A intervenção de Pedro Proença:

Chegou o dia, o primeiro de muitos dias. E não há melhor palavra para começar esta intervenção do que dizer-vos ‘obrigado’. O momento justifica, aliás, um duplo obrigado: porque merecer a confiança de três em cada quatro votantes, exige agradecer.

Obrigado, também, por que me sinto na obrigação de vos corresponder. Este duplo significado com a palavra obrigado vai guiar o que escolhi para partilhar convosco.

Agradeço a toda a nossa equipa que agora inicia funções. Hoje não acaba coisa nenhuma. Hoje começa tudo aquilo que tivemos a coragem de escrever e de propor. Agradeço a todas e a todos os colaboradores da Liga Portugal, por uma década de trabalho conjunto. Que a vida vos continue a iluminar com projetos e que a eles se dediquem com a energia e a competência e dedicação que pude testemunhar durante todos estes anos.

Obrigado, Manuela, Telmo, Lurdes, Carlos, e todos os outros que já estavam na Liga quando cheguei, que me ensinaram as palavras da casa que hoje lá continuam. Obrigado ao João, ao Abegão, à Vera, ao Martim, ao André, ao Raul e tantos que se juntaram aos nossos mandatos que vão seguir uma Liga cada vez mais forte.

Obrigado à Sónia, ao Madureira, à Helena, ao Rui, ao Pedro, à Susana, ao Vasco, ao Zé e a tantos outros que me ajudaram a ultrapassar dificuldades na minha direção executiva.

A presença de cada um de vocês, funcionários desconhecidos e membros da minha direção executiva da Liga, neste dia da minha tomada de posse, tem para mim um significado enorme e marca um novo tempo no futebol português. A partir de hoje, deixará de existir um nós e um eles. Apenas um nós.

Para a grande maioria de vocês, pisam pela primeira vez a Cidade do Futebol, digo-vos: esta passará a ser a partir de hoje também a vossa casa. Viveremos a partir de hoje um novo tempo no futebol português. Vocês serão sempre, sempre muito bem-vindos a esta vossa, nossa casa.

A força das instituições está naquelas e naqueles que todos os dias as fazem andar mais depressa e melhor do que todos imaginariam. Agradeço, naturalmente, a todas e a todos que participaram nestas eleições, aos que escolheram a nossa proposta e aos que entenderam que o rumo poderia ser outro. A democracia exige-se de quem escolha que o faça em liberdade; e que quem é escolhido, que lidere em unidade. Deixo por isso, e agora, este compromisso.

A Federação cresce com todos, ganha com todos, perde com todos, vive com todos. A dimensão expressiva desta vitória, que devemos valorizar a bem futebol, exige que saibamos ter a humildade de reconhecer que certezas absolutas costumam ser a antecâmara de fracassos estrondosos.

Nem eu, nem ninguém da minha equipa, terá certezas absolutas. No que de nós depender, será aqui construída uma força coletiva sem precedentes na história desta instituição.

Agradeço, por isso, ao doutor Nuno Lobo e a toda a sua lista de candidatos, que se apresentou com a sua estratégia e as suas ideias. As coisas menos boas, que possam ter sido ditas em campanha, ficam em campanha. O tempo que prometemos hoje, é de união. Deixar no campo, o que acontece no campo, é uma das maiores lições de quem viveu parte da sua vida entre o balneário e a zona técnica.

Quando o jogo termina, é outro tempo. Não é raro que quem muito protestou durante o jogo reconheça no fim que a arbitragem foi difícil, mas foi justa. A arbitragem: que orgulho tenho de reconhecer que o futebol do meu país teve a maturidade de escolher um antigo árbitro para liderar os destinos da maior federação desportiva de Portugal. Porque esse não é um sinal qualquer. E o mérito dessa maturidade esteve muito mais na cabeça de quem escolheu, do que na pessoa que foi escolhida. Agradeço, também, de forma muito especial aos nossos antecessores, com quem tive o prazer e o privilégio de privar. Ao doutor João Rodrigues. Ao doutor Gilberto Madaíl. E, obviamente, ao doutor Fernando Gomes. Estamos hoje na Cidade do Futebol, espaço que as suas equipas planearam e concretizaram.

E temos troféus na nossa sede, conquistados por treinadores que escolheu, ao lado dos seus colaboradores na Federação Portuguesa de Futebol. Sublinho, no entanto, porque entendo que é devido, que ninguém pode esquecer que o futebol é das jogadoras e dos jogadores. São elas e são eles quem ganha e perde jogos. É sempre o nome deles, e delas, que a história grava a letras de ouro. Os mandatos recentes coincidiram com o tempo de Madjer, de Ricardinho e de Cristiano Ronaldo. Cada um deles, considerado o melhor do Mmundo vários anos seguidos. Um facto único na história, num tempo de cara exceção. Uma era dourada, que no caso do capitão da Seleção A, felizmente, continua. E que permite a esta casa ter o melhor atleta de todos os tempos à escala mundial. Mas também um exemplo da paixão pelo país e pela Seleção Nacional.

Foi um tempo coincidente com Cláudia Neto, Ana Borges, Jéssica Silva, Kika Nazareth, Dolores Silva e de tantas outras que ainda cantam e vão cantar bem alto o Hino de Portugal.

Os seus mandatos do Dr. Fernando Gomes mostram, aliás, como os projetos de largo alcance devem resistir a momentos adversos. Nos primeiros quatro anos, lançou bases e passou por dificuldades desportivas sérias. A conquista do Mundial de Futebol de Praia, há dez anos, foi porventura até êxito curto para a dimensão do que estava a ser desenvolvido. O seu segundo mandato, as nossas tensões, mostrava como a preparação sólida pode dar frutos, com títulos que antes se julgariam absolutamente impossíveis.

E estes últimos anos, embora menos vencedores, não nos podemos nunca desligar do tremendo impacto da Covid- 19 nas nossas atividades e na importante tarefa de levar Portugal à organização do Campeonato do Mundo 2030. Obrigado. Obrigado, Dr. Fernando.

Obrigado a todos os órgãos sociais cessantes e obrigado também ao Dr. José Luiz Arnaut  e a toda a sua equipa da Comissão Eleitoral, pela forma como conduziram o processo que hoje se conclui.

Minhas senhoras e meus senhores, viremos hoje a página. Temos um programa para executar. Uma equipa para implementar e os olhos postos em nós. Por isso, a primeira palavra desta nova página é para todos, para todos os agentes do futebol. Que a união que buscamos seja regada todos os dias. Que a vossa disputa seja exclusivamente em campo. E que esta nova geração de dirigentes não falhe às pessoas, nem ao país.

Mudar pessoas e deixar tudo na mesma, é como fazer tudo igual e esperar resultados diferentes. Não sou eu. Não sou eu quem tem a responsabilidade única de virar a página. Vários dirigentes que me dão honra de estar aqui, têm na mão a capacidade de escrever um capítulo novo. É cada um de vós também, o motor indispensável desta mudança para um tempo de maturidade. De mim, de nós, podem esperar a exigência deste compromisso.

Digo vos, olhos nos olhos e à frente de tanta gente, foi esse o compromisso que assumiram comigo e que me ajudou a estar aqui hoje. O futebol é um jogo de equipa. Sozinhos não ganhamos jogo nenhum. É um facto que Benfica, Porto, Sporting são os nossos clubes maiores. Mas o Braga já desafia a lógica tripartida. E outros se seguem porque o topo da pirâmide exige existe capacitação, competência e espírito coletivo futuro.

Portugal é, à data de hoje e na presente época desportiva, o sexto melhor país em pontos nas competições europeias. São factos, não são análises subjetivas. Faltam três anos para a concretização da centralização dos direitos audiovisuais nas nossas principais ligas. Um salto pelo qual tanto lutámos e que segue na Liga Portugal. Em absoluta autonomia, com quem quer que seja que a venha a dirigir.

Agradeço a presença de tantos presidentes de clubes que connosco trabalharam para que isso acontecesse nos últimos anos. Eles sabem, todos sabemos da importância deste momento para a nossa competitividade. O que vos peço hoje, neste processo que tanto custou a desenvolver é simples: nem um passo atrás.

A centralização dos direitos audiovisuais é uma espécie de maioridade sempre adiada. Sem ela, somos uma liga adolescente, sem projeto, sem ambição, sem futuro. Se um de vós domina sozinho todos os anos, sabem bem, serão reis de terra pequena e Portugal precisa de ser maior. Em campo, a cada ano, só ganha um.

Cresci toda a vida a conviver com uma certa dose de negativismo sobre os vencedores, em que o discurso se centra tantas vezes mais nos deméritos do que na honra. Tenhamos todos a capacidade de fazer do virar de página, algo que não aconteça apenas na Cidade do Futebol, mas também no futebol de Portugal. No futebol de Portugal inteiro. Creio que chegou esse tempo. Chegou esse momento. Chegou essa hora.

Amigas e amigos, quem achar que liderar esta federação é ser apenas um líder desportivo ou se engana ou não sabe do que fala. Esta modalidade e esta instituição ultrapassam largamente a fronteira do que disse.

A seleção é, porventura, o maior fator de unidade nacional entre os portugueses que aqui vivem e os milhões que o destino levou para vários cantos do Mundo. E se assim é, reconheçamos, potenciemos e usemos a bem de Portugal e dos portugueses. Talvez por isso, também entenda que é hora, de com sentido de responsabilidade, dizer a quem governa o país, quem somos e ao que vimos. Ou não fosse esta uma intervenção de tomada de posse, em que não me perdoaria se falasse mais para dentro do que para fora. A frontalidade tem custos.

Mas não me escolheram a mim, nem à minha equipa, apenas para unir o futebol. Sabemos que me escolheram para defender o vosso nome. Portugal. Portugal tem orgulho nas Seleções e as Seleções têm orgulho de honrar e representar. Está na hora do consubstanciar sem ser um negócio. Em resumo, passar dos sentimentos a atos concretos.

Senhores governantes, tenho uma boa notícia. Nas nossas Seleções, a promoção do destino de Portugal terá visibilidade sem custos. Prepararemos este espaço com a dignidade que o país merece. Sendo provavelmente a primeira federação do Mundo a assumir que promover o seu país não depende de quanto nos pagam mas de quanto honrados somos por representá-lo.

O mesmo faremos com os municípios em que jogarmos e ainda mais, por maioria de razão, com a Câmara Municipal de Oeiras, onde orgulhosamente nos sediamos. Nem tudo tem de ser um negócio.

Ser de Portugal é um orgulho e estar em Portugal é um privilégio. O caminho para a organização do Mundial 2030 exige que estejamos à altura. Cada um no seu papel, cada qual na sua instituição, deve reconhecer a importância do outro, e o que Portugal e os portugueses ganhem com esta oportunidade.

Amigas e amigos, se sou capaz de apontar tão concretamente o que temos de melhorar em nós mesmos, e usamos esta hora para o afirmar olhos nos olhos, creio que me permitem que faça o mesmo com outras instituições e decisores. Afirmei há alguns dias, aqui mesmo na Cidade do Futebol, quea Federação não é um partido político. Gostava que isso fosse muito claro. Todos os partidos com representação parlamentar nos merecem respeito e serão interlocutores dos nossos anseios.

Aproveito, aliás, para agradecer a presença das vossas delegações nesta tomada de posse. O mesmo se passa com o executivo liderado pelo Primeiro-Ministro, o Dr. Luís Montenegro. Já aqui garanti, durante a apresentação do nosso programa, que não seremos escudo para governos, nem bala para governantes.

Sabemos bem que nem todas as propostas podem ser aceites como as propusermos e no tempo desejamos. Mas sabemos que algumas delas aguardam há anos demais. O virar de página da Federação Portuguesa de Futebol também nos traz isto. A energia para o tempo novo; inconformismos com o que ainda não andou.

Exemplifico com três casos. O que exporemos a todos os agentes políticos em detalhe e que podem esperar que não iremos largar. para que exista uma solução. Ir ver o espetáculo de uma influenciadora de Youtube a um festival de verão, a um concerto da nossa banda favorita, paga apenas 13 por cento de IVA.

Desde o início do ano, por decisão dos nossos políticos, ir a uma tourada, paga ainda menos, fica a 6 por cento. Pois assistir a um jogo do Lourosa, do Belenenses, do Leões de Porto Salvo, ou do Vitória ou de qualquer outro clube, ou seleção de qualquer outra modalidade, paga 23 por cento. Basta! Basta disto! Viremos a página porque chegou a hora de acabar com esta discriminação negativa.

Para ela acabar, é preciso reconhecer que há uma discriminação. E isso parece-me óbvio. Que é negativa sem qualquer justificação, coisa também que se me apresenta absolutamente evidente. Se ainda há poucos meses, os políticos foram capazes de terminar com um corte injusto que pendia sobre os seus próprios salários e que já não tinha justificação, estou certo que entenderão que chegou a hora onde este tema, que se arrasta há anos demais.

Sem medo das palavras. O IVA dos espetáculos desportivos tem de ser equiparado a qualquer outro espetáculo que se desenvolva em Portugal. Não queremos que seja menos que os outros, mas queremos que termine este abuso e esta tremenda injustiça.

Minhas senhoras e meus, em segundo lugar, é absolutamente vital que o futebol português mantenha uma competitividade externa forte. Para o fazer, precisa de um choque fiscal forte. Precisamos de o construir em conjunto com o Estado e com foco em algo nuclear: como podemos reter tanto talento que formamos em Portugal? Ou este chavão se encontra na chave de todos os agentes políticos da esquerda à direita, de que é preciso manter Portugal atrativo aos nossos jovens, vale para tudo menos para o futebol? Não acreditamos que assim seja.

Sabemos, por conversas sérias mantidas, já como vários governos, que não é escondendo este problema que atrofia a nossa competitividade, que ela vai desaparecer da nossa mesa. Por isso, senhor ministro da tutela, senhores diferentes responsáveis das forças políticas, senhor Ministro da Economia, senhor Ministro das Finanças, senhor Primeiro-Ministro: o IRS sob atletas de alto potencial abaixo dos 23 anos, vai precisar de uma resposta inadiável. Acreditem, tem de ser. Não podem apenas existir para promover Portugal e receber homenagens públicas. Tudo isso são palavras. Valiosas, bem sei. Mas esta federação prefere ações.

Em terceiro lugar, para que hoje não exagere no caderno reformista que nos elegeu, precisamos de um PRR nacional para as infraestruturas desportivas. Um verdadeiro plano nacional que deixe de ver cada pequena terra a ilustrar- se num retrato macro do que nos falta. A nós e aos outros desportos a quem sabe.

Temos nas infraestruturas, ou na falta delas, o nosso maior fator crítico de crescimento. Ou não saberão, todos que vivemos num país em que os treinos das raparigas e das jovens 13, 14 e 15 anos são atirados para as 20, 21 e 22 horas porque antes os campos estão ocupados por rapazes.

Eu não quero este país. Nós não queremos este país. Não me orgulho nem me conformo com este facto. Se queremos provar que apostamos no feminino, na igualdade de género, em oportunidades semelhantes, mais uma vez, caras amigas e amigos, não me digam para ser politicamente coerente e continuar a fazer preces ao longo da viagem.

Se não tivermos o PRR, uma basuca, para as infraestruturas desportivas, o país vai continuar a crescer em grupo de praticantes de forma anémica, bem abaixo do seu potencial, enquanto os recursos se desviam para projetos políticos singulares.

Minhas senhoras e meus senhores, viemos, como podem perceber, para respeitar o muito que se fez. Mas não viemos para deixar tudo na mesma. Não vou fugir de nenhum tema. Arbitragem e Disciplina, precisam de nós. Dar condições. Profissionalizar tudo e todos e exigir a máxima responsabilidade. Explicar, explicar, explicar sem medo. Humanizar os hábitos e traduzir decisões disciplinares. Fazer da redução dos prazos de decisão, o objetivo garantido e da conciliação do tecido, um ativo essencial.

Tudo perante uma inegociável autonomia. Quem lidera a Arbitragem e Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, é inequivocamente o seu responsável maior. A independência destes órgãos não é apenas na letra. É um princípio inalienável da boa coordenação que desejamos.

Os sócios da Federação sabem que vimos com muita energia e ambição. Falámos muito nestas últimas semanas. O que temos pela frente é ambicioso, mas é exequível. No esforço que envolve todas e todos os colaboradores e funcionários da Federação Portuguesa de Futebol, quisemos muito convidar-vos para estarem aqui hoje presentes.

É sobre o vosso esforço, amor à camisola e sentido de compromisso, que se fez e fará o nosso sucesso coletivo. Eu e a minha equipa vamos querer conhecer- vos melhor, trabalhar em conjunto e concretizar ambições nossas e vossas.

A página virou. A página virou, sim, mas o livro não é outro. A força destes mais 110 anos da Federação vem de cada uma e de cada um de vós. Conto com todos. Não tenham sobre isso a mais pequena reserva. Minhas senhoras e meus senhores, os parceiros comerciais da Federação Portuguesa de Futebol são parte da nossa casa. Foi assim na Liga Portugal e será assim na Federação Portuguesa de Futebol. Agradeço-vos a todos por aqui estarem e quero partilhar convosco a ideia que temos, de que a estabilidade é um ativo importante.

A estabilidade é a nossa e a vossa missão. As duas juntas significam o que todos queremos: ganhar! Ganhar muito. Contamos com todo o vosso envolvimento diário nos projetos que decorrem e estamos certos de que nos acompanharão em novas ideias e crescentes desafios.

Caros sócios da Federação Portuguesa de Futebol: o nosso programa não é para cumprir, é para superar. A missão é alta, a vontade existe, a competência está cá.

Virou- se a página, mudou o tempo. Seguimos juntos. Não acredito em mulheres ou homens providenciais. Não acredito no uso indiscriminado do dinheiro. Não acredito na lei do ruído. Três fórmulas tantas vezes usadas no futebol e que invariavelmente nos conduzem a um lugar pequeno demais.

A nossa fórmula adapta- se de um provérbio que nem é nosso. “Não diga tudo o que sabe, não faça tudo o que pode, não acredite em tudo o que houve, não gaste tudo o que tem; porque quem diz tudo o que sabe, quem faz tudo o que pode, quem acredita em tudo o que houve, quem gasta tudo o que tem, muitas vezes diz que não convém, faz o que não deve, julga o que não vê, gasta o que não pode. Vamos juntos, unidos pelo futebol, unidos por Portugal. Muito obrigado!

 


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24 de Fevereiro 2025
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