Ambição da FPF passa por “mais” futebol em 2030

Football Talks

Diretor-geral da FPF traçou as muito ambiciosas linhas mestras do plano da Federação para crescer até ao final da década, com objetivos quantificados.

Numa sessão muito gráfica e enriquecida com vídeo, Luís Sobral utilizou um dos últimos painéis do segundo e último dia do Football Talks para revelar a ambição da FPF relativamente ao crescimento que pretende para o futebol em Portugal em 2030.

Sem receio, Sobral apresentou números que serão avaliados quando lá chegarmos. “Queremos mais” e depois se verá se foi possível atingir os objetivos, ou ultrapassá-los, “todos juntos”, fez questão de realçar.

De forma sucinta, os objetivos resumem-se, numericamente, a: 400 mil federados (o dobro dos que existem atualmente); 75 mil meninas e mulheres a praticar; 500 mil jogadores informais registados (com quem a FPF manterá alguma relação); ter as seleções A no top 5 masculino e no top 20 feminino; marcar presença no ranking de clubes no top 6, tanto em masculinos como em femininos (o que se explica pela tendência de as nórdicas estarem a migrar para as ligas dos Big Five); ser 1.º na Europa no futsal masculino e feminino e estar no top 3 a nível mundial; conseguir ter mais de 60 minutos de tempo útil de jogo no futebol (“um objetivo que só depende de nós – jogadores, treinadores, árbitros e também dos adeptos. Se conseguirmos isto vamos ter um produto muito melhor para vender e se os jogadores se mostrarem mais, vão poder chegar mais longe”); ter 50 por cento de ocupação de estádios e pavilhões, em todas as competições, no futsal e no futebol, em masculinos e em femininos; e, finalmente, assegurar que todos os clubes terão pelo menos um dirigente certificado.

Para se atingir estes objetivos, o plano da FPF contempla 15 programas de transformação, incluindo os quatro destacados por Luís Sobral. Em “Infância e crescimento” fica a premência de levar o exercício físico para o ATL e para as escolas e “as autarquias são as entidades certas para parceiras” da FPF. No “Futebol para todas e todos” importa saber que campos e em que condições se pode pôr isto em prática e, por isso, urge fazer uma carta detalhada das infraestruturas, para se avançar para os planos em concreto. No “Futebol feminino” a urgência é, além de jogadoras, captar mais dirigentes e mais treinadoras. “Temos de melhorar a competição feminina. A Liga BPI tem de ser melhor e tem de ser melhor depressa”, afirmou Luís Sobral, apontando para um nível de ambição elevado: “O nosso campeonato tem de estar ao nível do que vimos no Europeu.”

Luís Sobral mencionou ainda um vetor: o “Envolvimento”, que se traduzirá numa aplicação móvel, onde cada um poderá ver desde os seus dados e historial até consultar onde pode praticar ou levar o filho a praticar. “Isso vai existir”, prometeu Sobral, inserindo este projeto no âmbito da “relação”, palavra que, para ele, melhor define o futebol.

Insistindo na ideia de que o plano da FPF não é para a Federação, mas para o futebol português, Luís Sobral quer ver um envolvimento generalizado. “O futebol precisa de todos e vamos chegar lá todos juntos”, confia o diretor-geral.

Consulte aqui o programa completo do Football Talks 2022

 


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