"Toda a prática desportiva tem diversos benefícios para a saúde”, explicou Carlos Neto, professor catedrático na Faculdade de Motricidade Humana, no Football Talks.
Peter Krustup deu o “pontapé inicial” ao painel “Futebol na vida das pessoas”, exibido no palco principal da Football Talks, evento que decorre ao longo da tarde desta terça-feira, na Cidade do Futebol. O professor de Ciências de Desporto e Saúde na Dinamarca fez uma comparação entre várias faixas etárias, entre praticantes e não praticantes da modalidade, demonstrando os vários efeitos positivos da mesma, desde crianças até aos mais idosos. "Podemos também ter muito bons resultados na hipertensão através do treino futebolístico” e “minimizar os efeitos secundários derivados do tratamento do cancro da próstata", revelou o dinamarquês.
O restante painel foi composto por Carlos Neto e Carla Rêgo (pediatra na CUF), para além de Maria Nazareth (mãe da internacional portuguesa Kika) e de Paulo Silva (pai do internacional Bernardo Silva). O principal tema de debate centrou-se nos benefícios do futebol, em especial nas idades mais jovens.
"O futebol vai, logo à partida, ajudar a criança a conhecer o seu corpo e a otimizar as suas capacidades", explicou Carla Rêgo, acrescentando logo de seguida: "Sendo um desporto de equipa, vai ajudar o jovem a conhecer-se a si próprio."
Paulo Silva deixou também o seu testemunho. Para pai de um futebolista "é muito fácil gerir sucesso, mas é importante preparar para a adversidade". No entanto, considera que o “modelo educativo” deve sempre prevalecer perante o “modelo económico”, com a felicidade do filho a aparecer sempre em primeiro lugar.
Maria Nazareth acredita que "é possível conciliar a educação com o futebol", e sublinha que a educação da filha é um assunto que “não tem discussão”, embora por vezes existam “distrações” quando jogos importantes se aproximam.
A conversa terminou com um apelo de Carlos Neto no sentido de os pais das crianças portuguesas permitirem que estas tenham uma maior liberdade, de forma a não viverem “constantemente aprisionadas”.
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