FPF quer duplicar praticantes de futebol até 2030

Football Talks

Fernando Gomes apontou objetivo num painel que contou com a comissária europeia Elisa Ferreira, os presidentes das câmaras de Lisboa e Oeiras e o presidente do Comité Olímpico de Portugal.

O Presidente da FPF, Fernando Gomes, referindo um estudo feito com a ajuda de uma consultora externa, durante seis meses, aponta para a necessidade de duplicar, até ao final da década, o número de praticantes federados para 400 mil, como forma de “assegurar as bases de sustentabilidade do futebol português”.

No primeiro painel do Football Talks, que decorre esta segunda e terça-feiras na Cidade do Futebol, Fernando Gomes falou de um estudo da UEFA que aponta para um retorno de 8 mil euros por cada euro investido para justificar a racionalidade de se continuar este investimento no nosso país. O líder federativo apontou como estratégia a aposta no desporto escolar, permitindo que as crianças iniciem a prática desportiva, mais cedo, logo a partir dos 5-6 anos.

No mesmo painel, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, também defendeu uma maior aposta no desporto escolar e no fomento do associativismo. “Para a elite subir, é preciso aumentar a base”, disse, revelando que o orçamento destinado pelo município lisboeta para o associativismo desportivo “aumentou 60 por cento”, precisamente para ajudar a este alargamento da base.

A comissária europeia Elisa Ferreira valorizou a importância do “desporto como fator de coesão social” e admitiu que “o impacto económico é muito maior do que encontramos nas estatísticas”, para acrescentar que “Portugal está numa fase em que há muito dinheiro europeu [oriundo do Plano de Recuperação e Resiliência], o que traz a enorme responsabilidade de aproveitar as oportunidades”.

Isaltino Morais, presidente da “segunda câmara municipal mais rica do país” (Oeiras), anunciou a construção, em breve, de dois pavilhões multiusos, prosseguindo um investimento no desporto “muito acima da média”, mesmo em termos europeus. Oeiras investe 2 por cento do seu orçamento (contra 0,5 do Estado, por exemplo) e tem “20 pavilhões e professores de Educação Física pagos pelo município”. Um dos multiusos, com um custo de 30 milhões, será nos Esteiros, para servir a Faculdade de Motricidade Humana.

José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, considerou que o investimento autárquico se aproxima dos valores europeus, mas o do Estado central está muito longe disso.“Tem de haver uma definição do lugar que se pretende para o desporto nas políticas públicas”, declarou José Manuel Constantino, apontando a “qualificação dos dirigentes” como essencial.

Consulte aqui o programa completo do Football Talks 2022


;

Notícias