João Brito e Pedro Figueiredo da Portugal Football School, fazem parte da equipa de autores deste artigo publicado na revista Sensors.
O artigo “Using Optical Tracking System Data to Measure Team Synergic Behavior: Synchronization of Player-Ball-Goal Angles in a Football Match” é o mais trabalho publicado, do qual fazem parte da equipa de autores dois investigadores da Portugal Football School: João Brito e Pedro Figueiredo.
Neste artigo procura-se entender as propriedades do comportamento sinérgico no futebol, baseando-se em cálculos de dados baseados em sensores no desenvolvimento de indicadores relevantes para a análise tática no desporto.
Os equipa de autores deste trabalho, publicado na revista Sensors, integra, além dos supracitados, os investigadores Daniel Carrilho (CIPER, FMH) Micael Santos Couceiro (CIPER, FMH e Ingeniarius), Rui J. Lopes (ISCTE) e Duarte Araújo (CIPER, FMH).
“O desenvolvimento tecnológico na análise de desempenho no futebol tem-se evidenciado pelo aumento da utilização de sistemas de rastreamento. Estes sistemas fomentaram o crescimento de departamentos de análise, permitindo a obtenção de dados de alta frequência e alta resolução para o desenvolvimento de indicadores com potencial preditivo, prescritivo e explicativo. No entanto, é importante utilizá-los de forma informada pela teoria ou conhecimento do jogo, de forma a que seja possível contextualizar e extrair informação relevante dos dados. Com o objetivo de medir propriedades do comportamento coletivo sinérgico (coordenado) em equipas de futebol, este estudo captou a ligação entre os jogadores e o contexto de jogo. Os resultados permitiram demonstrar como a bola, a baliza e os jogadores influenciam momento-a-momento o comportamento coletivo das equipas. Foi possível mostrar que a coordenação dos jogadores variava em eventos chave, de acordo com mudanças de posse de bola, passes para uma zona interior, cruzamentos para golo, etc. Estes resultados têm implicações relevantes para o entendimento do jogo e consequentemente para o treino, uma vez que justificam a necessidade de desenvolver a capacidade de decisão autónoma dos jogadores, a partir das affordances (oportunidades) do jogo. Esta ideia retira o foco na repetição de comportamentos táticos pré-definidos e coloca-o no desenvolvimento da capacidade de os jogadores percecionarem coletivamente affordances do jogo, em cada momento”, explicam Daniel Carrilho e Duarte Araújo, co-autores do artigo.
O artigo é de acesso livre e pode ser consultado aqui.
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