Vídeo-árbitro teve uma intervenção total de 350 minutos nas 306 partidas da Liga NOS, o que, somado o tempo adicional, levam a uma média de apenas um minuto e 14 segundos por jogo

O impacto da ação do vídeo-árbitro na edição de 2017/18 da Liga NOS foi de apenas 1,19 por cento do tempo de jogo, contando com o tempo de desconto dado pelos árbitros. Ou seja, uma média de apenas um minuto e 14 segundos por cada partida da principal competição profissional.

No total, a Liga NOS teve 1.828 minutos de tempo adicional, que se junta aos 27.540 minutos de tempo regulamentar. O tempo gasto pelo vídeo-árbitro foi no total de 350 minutos, dos quais 162 foram gastos com checks, 94 minutos com revisões e outros 94 minutos com visionamento das imagens no relvado por parte dos árbitros.

Nestes 306 encontros, houve nada menos que 1.869 lances verificados, dos quais 914 golos, 457 lances de cartão vermelho, 488 penáltis e ainda 10 situações de identificação errada. Deste número, houve 100 reviews (lances revistos pelo VAR e comunicados ao árbitro de campo), 44 em golos, 17 em cartões vermelhos, 36 penáltis e 3 identificações erradas. Daqui (ver quadro abaixo) resultaram 76 reversões e 24 em que o árbitro manteve a sua decisão; desta centena, por 68 vezes o árbitro de campo visionou ele próprio as imagens no OFR, não o fazendo nas restantes 32.

Olhando ainda à estatística, resulta aproximadamente uma revisão a cada três jogos e uma reversão a cada quatro partidas, num total de 6,1 incidentes analisados por encontro.

Em 2017/18 houve 385 jogos com vídeo-árbitro, 306 para a Liga NOS e os restantes para outras competições e encontros particulares. Falta realizar ainda a final da Taça de Portugal feminina e a final do Campeonato de Portugal, ambos com recurso a esta tecnologia. Nesta temporada, houve 253 sessões de trabalho nos polos profissionais, num total de 506 horas: 337 horas foram de treino geral e 169 de trabalho específico de vídeo-árbitro. David Elleray, diretor técnico do IFAB e consultou do CA da FPF para o vídeo-árbitro, esteve três vezes em Portugal para sessões com os árbitros nacionais.

Finalmente, como pode verificar-se no quadro abaixo, regista-se ainda um menor número de faltas cometidas e mais golos marcados, o que significa maior espetáculo. Ao mesmo tempo, foram mostrados mais cartões vermelhos e uma maior capacidade para detetar penáltis e foras de jogo.