Laboratório de arbitragem feminina decorreu esta sexta-feira
Na véspera da Festa do Futebol Feminino, que vai já na sua 10.ª edição, realiza-se habitualmente o laboratório de arbitragem feminina.
Este ano não foi exceção, juntando-se no mesmo local cerca de 60 meninas, selecionadas pelas escolas e clubes participantes na competição. Nenhuma delas poderia participar nesta grande festa como jogadora, por terem ultrapassado o limite de idade, e por isso aceitaram o repto de participarem na mesma, mas como árbitras. Outras já são árbitras, embora muito jovens e ainda a ganhar experiência, nomeadas pelas Associações Distritais e Regionais de futebol.
Este evento é uma espécie de ação de formação para todas estas jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos. A organização está a cargo do Conselho de Arbitragem da FPF, em particular da responsável pela arbitragem feminina e vogal da Secção Não Profissional, Ana Brochado. Sempre com a colaboração da APAF, que distribuiu t-shirts, cartões e moedas para as árbitras poderem utilizar no dia da festa
A dirigente explica o objetivo do laboratório: “É uma ação de sensibilização para o papel dos árbitros, mas num sentido positivo, pela motivação e pelas oportunidades que proporciona, mostrando-lhes que são especiais. Uma segunda vertente é mais operacional, explicando-lhes qual vai ser o seu papel na Festa do Futebol Feminino, uma vez que elas vão arbitrar jogos”.
Quem também participou no Laboratório de Arbitragem feminina foi o árbitro internacional Tiago Martins, uma presença já habitual nestes eventos. O seu papel neste evento foi explicar um pouco do que é ser árbitro e de que forma se pode progredir na carreira.
Uma sessão animada, com muita interação com as jovens árbitras, com muitas questões e dúvidas sobre esta sua participação na Festa do Futebol Feminino.
Exemplo de Santarém
Filipa Lourenço tem 19 anos, participou na Festa do Futebol Feminino no ano passado, tendo sido escolhida como árbitra de escola. Gostou tanto da experiência que resolveu tirar o curso de arbitragem na sua associação distrital, a AF Santarém.
“Fui tirar o curso, gostei, e em novembro passado acabei por começar a arbitrar. E a verdade é que correu melhor do que esperava. Tenho gostado muito da experiência. Estou novamente nesta festa, escolhida pela minha associação, e espero inspirar outras miúdas”.