Declarações de Mónica Jorge, diretora executiva da FPF, no dia em que Aveiro "vestiu" a final da Taça da Liga
Aveiro já “veste” as cores da final da Taça da Liga e, esta segunda-feira, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Associação de Futebol de Aveiro (AFA) assinalaram o lançamento da partida que oporá, sábado (1 de abril), as equipas femininas de SL Benfica e de SC Braga. Para o efeito, Mónica Jorge, diretora executiva da FPF, e José Neves Coelho, presidente da AFA, inauguraram o pórtico digital de promoção do encontro decisivo, montado junto ao Centro de Congressos de Aveiro.
Em modo de antevisão da quarta final na história da competição, Mónica Jorge, da Direção da FPF, disse esperar “um grande jogo de futebol”, realçando, no contexto que o futebol feminino português está a viver, que “todos os jogos são importantes, pois esse é o caminho do progresso e crescimento”. “Neste triângulo de desenvolvimento, constituído pelas associações, os clubes e a Federação Portuguesa de Futebol, estamos a trabalhar em conjunto para que o jogo seja mais competitivo, mais evolutivo e mais audaz na vertente feminina. Como é evidente, a qualificação para o Mundial foi um momento histórico, de que todos os envolvidos, sobretudo desta dinâmica triangular, devem estar muito orgulhosos pelo trabalho que desenvolveram durante muitos anos”, fez notar.
Para a responsável federativa, importa que todos continuem “a contribuir para este fator de crescimento, para esta estratégia de desenvolvimento e pensamento estratégico. Mas do ponto de vista de sustentabilidade, é essencial que esta final seja mais um jogo competitivo, de crescimento para jogadoras e treinadores, e que, para este triângulo, associativo, federativo e de clubes, se possa dar continuidade a este envolvimento cada vez maior”.
Realçando factos recentes, como o aumento do número de praticantes (ultrapassadas as 14 mil federadas em futebol e futsal), batido, no dia anterior, o recorde de assistências em Portugal (27.221 no último Benfica-Sporting) e registado o lugar mais alto até hoje no ranking FIFA, Mónica Jorge apontou ao futuro: “Queremos subir um pouco mais, chegar um bocadinho mais alto. E chegarmos um dia, pelo menos, às 10 melhores seleções europeias. Para isso, todo o jogo é importante e faz-nos chegar um bocadinho mais ao topo. Em termos associativos também ajuda a crescer, sobretudo com projetos que ajudam a evoluir, como os centros de formação de futebol feminino, de que a Associação de Aveiro é um exemplo de contribuição para esse crescimento e desenvolvimento. E este jogo será mais um momento bonito para que essas jogadoras e as crianças possam assistir e, assim, possam ter uma referência para o futuro”.
“Essas crianças hão de querer, também, chegar também ao topo, a uma seleção A feminina, ao seu clube de eleição. Que seja uma grande final e que todos possamos crescer de forma construtiva, competitiva e dentro do processo de continuidade da evolução do futebol feminino”, concluiu.
José Neves Coelho: "Uma grande final"
Por sua vez, José Neves Coelho realçou a escolha da gigante instalação que promove a final: "É o simbolismo, temos a Câmara junto de nós, temos a cidade cativante e onde respiramos o ar puro de Aveiro". "A AFA é um associado da Federação Portuguesa de Futebol e, como tal, está sempre disponível para colaborar, para estar presente no crescimento do futebol feminino, que está em evolução constante. Nós registamos, internamente, o nosso crescimento e esta final é a cereja no topo do bolo, para que as nossas atletas consigam aprender, ver e saber que contam connosco", acrescentou.
Para o presidente associativo, "o futebol feminino tem um perfume muito especial". "Elas são muito objetivas, entregam-se completamente, é um futebol mais direto e acho que a final vai ser muito agradável para quem gosta de ver a bola a rolar no relvado", concluiu.