Tiago Brito: “O coletivo é o nosso ponto forte”

Futsal - Seleção A

O ala de Portugal alerta para a necessidade de a Equipa das Quinas entrar em campo sempre no máximo e com a máxima concentração, pensando o jogo coletivamente.

A Seleção Nacional de futsal trabalhou esta quinta-feira de manhã na Ziggo Dome, em Amesterdão, onde ontem venceu a Sérvia, por 4-2, no jogo de abertura do Campeonato da Europa Países Baixos 2022.

Portugal volta a treinar na sexta-feira, pelas 16h30 (17h30 locais), no Pavilhão Waterwijk.

Tiago Brito considera que a má entrada da Equipa das Quinas diante da Sérvia, que permitiu ao adversário chegar a uma vantagem de dois golos, foi superada com uma maior dinâmica.

“Acho que tivemos uma má entrada em jogo- Talvez por ter sido o primeiro jogo – a ansiedade, o querer deixar uma imagem positiva. Depois de estarmos a perder por 2-0, acho que a equipa soube reagir bem e mostrar a sua verdadeira identidade e o que é ser Portugal. No meio da primeira parte conseguimos marcar o primeiro golo e, até ao fim da segunda parte, alcançamos o empate. Na segunda parte fomos, sem dúvida nenhuma, a imagem da nossa Seleção - com uma excelente atitude, muita dinâmica e conseguimos chegar a um resultado justo. Fizemos uma excelente segunda parte.”


 
O maior sentido coletivo após as pausas técnicas foi, na opinião do ala, um dos segredos da reviravolta no marcador.

“Após as pausas técnicas, o mister alertou-nos [para a necessidade de jogar mais coletivamente] e bem. Acho que o ponto mais forte da nossa equipa é, sem dúvida nenhuma, o coletivo. É dessa forma que os jogos vão ser resolvidos, porque a grande força de Portugal é o coletivo e o facto de sermos uma família dentro de campo. Esse vai ser o grande segredo nesta competição.”

Entrar a perder pode ter despertado a equipa para as dificuldades que a Sérvia poderia criar no jogo.

“Se calhar esse entrar a perder não tenha sido tão mau assim, porque alertou-nos para as dificuldades que o resto do jogo nos poderia trazer e fomos a tempo de mudar a página.”

Na partida de ontem, os três jogadores com menos internacionalizações entre o lote de 14 convocados marcaram – Tomás Paçó (16), Pauleta (24) e Afonso (28). O jogador que soma 103 jogos pela Seleção explicou que as escolhas de Jorge Braz recaem sobre quem demonstra competência, sem olhar à idade.

“ A competência é que define quem está dentro de campo. Serem os mais novos a marcar golos ou os mais velhos a assistir, ou vice-versa, é a explicação perfeita da simbiose entre a experiência e a juventude. É o coletivo que faz com que esta equipa tenha êxitos. Eles estão muito bem integrados e estão num excelente caminho para dar, por muitos anos, alegrias a todos os portugueses.”

Tiago Brito apenas partilhou balneário com Tomás Paçó na Seleção, mas a união demonstrada em campo faz parecer que se conhecem desde sempre. Tiago Brito assistiu Tomás Paçó num dos golos de Portugal e a alegria na altura dos festejos são demonstrativos do espírito de família existente, conforme explicou o ala.

“É genuíno! Esse bom ambiente que se vive aqui – não especificamente neste Europeu, mas na equipa da Seleção Nacional – é realmente o verdadeiro segredo que, nos últimos anos, nos tem trazido sucesso e queremos que continue, porque sabemos que talvez o aspeto mais difícil de atingir numa equipa é que 14 jogadores sejam realmente amigos uns dos outros. Nós agarramo-nos uns aos outros para que, dentro de campo, possamos superar todas e quaisquer dificuldades que nos criem.”



A Equipa das Quinas joga no próximo domingo a sua segunda partida no Euro-2022 diante dos Países Baixos, o anfitrião da competição, e o jogador luso pede a máxima força e concentração para esse jogo, pois sabe da evolução que a equipa adversária tem tido.

“Os Países Baixos são uma seleção que evoluiu muito desde os nossos jogos de preparação há cerca de dois meses [em novembro]. Vai ser um jogo em que vamos ter imensas dificuldades, porque as duas equipas vão jogar pelo apuramento. Temos de estar na nossa máxima força e com uma concentração extrema para podermos conseguir o nosso objetivo. É um jogo que, em termos táticos, vai ser algo diferente daquele que fizemos diante da Sérvia, mas que vai exigir o melhor de nós para conseguirmos conquistar os três pontos.”

O início menos concentrado dos jogadores lusos na partida diante da Sérvia deve servir de alerta para o futuro.

“Espero que a má entrada no jogo com a Sérvia tenha deixado marcas, no sentido de a equipa, daqui em diante, não entrar com níveis de concentração baixos porque, em outras ocasiões pode ser fatal e não queremos que isso aconteça.”

Os Países Baixos venceram a Ucrânia, por 3-2. O resultado pode ser considerado uma surpresa, mas o ala considera que os jogos são cada vez mais pautados pelo equilíbrio.

“Não são assim tão surpreendentes estes resultados, porque hoje em dia trabalha-se muito bem em quase todo o mundo. A evolução tem sido constante. É a nova geração do futsal que temos e é completamente normal isto acontecer. Temos de estar muito alertados, porque da mesma forma que nós vimos o jogo deles, eles também nos vão analisar e certamente também saberão dos nossos pontos fortes.

Neste seu terceiro Campeonato da Europa, Tiago Brito espera estar ao seu melhor nível

“Estou muito bem em termos mentais e físicos. Ontem senti-me muito bem em campo e estou pronto para dar ainda mais o meu contributo à equipa –-com golos, com assistências, estar presente em campo… É o que ambiciono e é essa a minha meta pessoal para este torneio.”

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20 de Janeiro 2022
Foto

André Sanano/FPF

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