Câmara Municipal de Gondomar homenageou o campeão do mundo e a FPF.
Ricardinho foi homenageado esta tarde pela Câmara Municipal de Gondomar com a atribuição da medalha de honra do município e uma camisola em filigrana, além de uma pintura do artista plástico Helder Santos.
Com a presença do Presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, do Presidente da FPF, Fernando Gomes, e do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, o capitão da Equipa das Quinas ofereceu, ao município de onde é natural, uma réplica da camisola da seleção e aproveitou a ocasião para entregar a medalha de campeão do mundo ao seu pai.
O jogador, no seu discurso, também agradeceu ao pai, por ter sido a sua grande inspiração para a conquista do Mundial de Futsal: "O meu pai perdeu uma perna há muitos anos, continuou e lutou pela vida, adaptou-se e foi isso que fiz: adaptar-me para ser o Ricardinho que sou agora. Não ia ser o driblador, o do 'cabrito', dos golos impossíveis, mas fui batalhador, dei tudo pelo país e sou orgulhosamente português e gondomarense", disse.
Após a cerimónia Ricardinho falou também ao Canal 11: "Queria muito estar neste mundial e dar o meu melhor e esta foi a minha única conquista mundial, por isso estive seis meses antes a trabalhar. Agora tenho de perceber o meu corpo e ver o que ele me está a dizer".
FPF homenageada
A Federação Portuguesa de Futebol, na pessoa do Presidente Fernando Gomes, também foi homenageada pela cidade de Gondomar.
No seu discurso, o mais alto dirigente federativo, que recebeu iguamente a medalha da edilidade, valorizou o capitão da Equipa das Quinas e a união de toda a equipa campeã do mundo: "O Ricardo teve uma lesão grave, uma das mais graves. Quando o corpo faltou, a mente sobrou e foi esta mente brilhante, esta ideia permanete de que era capaz, que o levou a uma luta solitária durante seis meses, que o levou a acreditar que recuperar era possível. O Ricardinho é o melhor jogador da história do futsal, e é nosso, continuará nosso, e lutará sempre por Portugal. Ao seu lado, um grupo unido e inspirador que sorrriu nas horas do golo e se uniu nas horas mais sofridas. Um grupo que se esqueceu do Eu e valorizou sempre o Nós. Sim, o que mudou foi a nossa mentalidade, agora sabemos como ganhar. Ficou para trás a ideia de que era impossível", disse.
