Treinadoras com sentimentos contraditórios

Futebol Fem. - Taça Liga

Filipa Patão orgulhosa pela conquista do troféu; Susana Cova diz que a sua equipa tudo fez para vencer

A treinadora do Benfica, Filipa Patão, ficou orgulhosa da sua equipa, que conquistou a Taça da Liga feminina:

“Sabíamos que o Sporting nunca esperaria que o Benfica tivesse uma postura mais estratégica, mais a pensar nos espaços que tinha de fechar e a explorar as debilidades do Sporting, a ter de construir sem pressão da parte do Benfica. Dessa forma há menos espaços para o Sporting e mais espaços para o Benfica explorar e foi por aí que entrámos. As jogadoras desempenharam na perfeição, o que foi delineado pela equipa técnica e que trabalhámos nos poucos dias que tivemos.

[A vitória] Foi coragem para colocar as coisas em campo, coragem para sermos diferentes e coragem para encararmos as coisas como encaramos a vida e é o que lhes digo todos os dias: à primeira frustração, não podemos baixar os braços, não podemos desistir".

Filipa Patão falou ainda do futuro próximo: "Temos aqui um trabalho pela frente muito importante para o futebol feminino. Temos de assumir de uma vez por todas: não é futebol feminino, é futebol. Isso parte de todos os intervenientes que estão presentes. Jogadoras, equipa adversária, equipa de arbitragem, Federação, clubes… Exijo respeito pelo trabalho que fazemos e que demora muito tempo a aparecer".

Susana Cova deu os parabéns às duas equipas

A treinadora do Sporting, Susana Cova, estava obviamente triste com o resultado: "O Benfica marcou dois golos, naturalmente ganhou bem a Taça, porque o Sporting só marcou um. Parabéns ao Benfica. Parabéns ao Sporting pelo número de situações de finalização que criou, em que infelizmente a bola teimou em não entrar. Mas estamos certos e confiantes que no nosso caminho ela vai entrar mais vezes.

Temos de aprender a entrar de forma mais concentrada, de modo a não permitirmos dar este avanço ao adversário. Mérito para o Benfica, demérito nosso, em termos de concentração e organização defensiva. Níveis de concentração diferentes não permitiriam que sofrêssemos determinadas situações de finalização por parte do adversário. Temos de olhar para isso no sentido de crescer".

Para finalizar, referiu: "Sem desculpas, gostava de dizer que esta equipa não disputava uma final há cerca de três anos. A última derrota desta equipa foi a 29 de fevereiro do ano passado. Temos crescido muito em termos de inteligência emocional e estávamos a precisar de sentir este peso da final para, quando tivermos outra pela frente, sabermos agir e reagir, e desde cedo.”

 

 


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