Futebol Praia Masculino

Há cinco anos, Portugal tocava o céu em Espinho

Futebol Praia - Seleção A

Celebra-se o quinto aniversário da conquista do Campeonato do Mundo de Futebol de Praia 2015, que se disputou em Espinho.

A Seleção Nacional de Futebol de Praia já obteve, ao longo da sua história, inúmeras conquistas, troféus, medalhas e distinções. Contudo, há um dia que ficará para sempre registado na memória como um dos mais importantes. 19 de julho de 2015: o dia do futebol de praia português.

Há cinco anos, Portugal sagrava-se Campeão do Mundo em casa, o segundo título mundial da história (2001, na Bahia), o primeiro com o selo FIFA. A caminhada equipa orientada por Mário Narciso começa com uma vitória na fase de grupos com o Japão (4-2), seguindo-se uma derrota com o Senegal que serviu de aviso (5-6). O triunfo por 7-2 diante da Argentina carimbou a presença na etapa seguinte. Veio a Suíça e Portugal venceu por 7-3. Nas meias-finais, num jogo fabuloso contra a poderosa Rússia (que tinha eliminado o Brasil), a Equipa das Quinas deu uma excelente resposta e ganhou por 4-2, passando para a final do Mundial. Tudo isto, sublinhe-se, com a ajuda dos milhares de portugueses que, dia após dia, estiveram lá e disseram presente em todas as ocasiões.

Na final, o Estádio da Praia da Baía, em Espinho, tinha um ambiente ainda mais incrível. Para além dos que conseguiram estar no recinto desportivo, eram milhares os que ficaram a vibrar desde fora nos espaços destinados aos adeptos. Pela frente, Portugal tinha o Taiti, uma das formações-sensação da prova (havia eliminado Itália nas "meias"). Começar o jogo da melhor forma era impossível. Madjer marcou na saída de bola e Belchior aumentou ainda no primeiro tempo. No segundo período, Rui Coimbra, de cabeça a uma bola de Elinton Andrade, fez o terceiro. Os golos de Labaste e Kuee ainda assustaram, mas Bruno Novo respondeu de imediato num pontapé de muito longe para o 4-2. Kuee reduziu no derradeiro período e o encontro ficou ainda mais frenético. A 50 segundos do fim do jogo, Coimbra lança Alan, que na sua elegância habitual, faz o 5-3 final.

O Ouro de Espinho elevou ainda mais o futebol de praia português. O título trouxe confiança e consagrou aqueles guerreiros que por muitos anos lutaram, e continuam a lutar, pelo sucesso da modalidade. O título mundial de 2015 veio mostrar que o céu é alcançável. Não foi só um troféu, foi uma janela aberta para os sucessos de Portugal. Cinco anos volvidos, a Equipa das Quinas já voltou a tocar o céu mais uma vez (Paraguai, 2019).


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