Álvaro Magalhães: "“Juca e Oliveira como padrinhos”

Seleção A

Jogo: Bulgária - Portugal, 5-2. Estádio Municipal de Haskovo, Haskovo (Bulgária)

Na primeira chamada à Seleção A, Álvaro recordou os tempos de júnior em Coimbra. Juca treinava então a Académica e “foi ele que me puxou para trabalhar com os seniores”. Na época seguinte, “fazia a estreia na 1ª categoria pela mão de Pedro Gomes e médio, a jogar ao lado do Camilo”. Anos depois, o mesmo Juca, agora como selecionador nacional, chamou Álvaro e apadrinhou a sua estreia num jogo particular cujo resultado não deixou boas recordações. “Era dezembro, estava muito frio, não jogámos bem, houve várias estreias e as coisas não correram bem”, refere Álvaro. Pela Bulgária alinharam craques que anos volvidos tiveram sucesso em Portugal: Mladenov (Belenenses e Vitória FC), Zdradkov (Chaves), Velinov (Sp. Braga).

“Fiz a estreia na seleção A quatro meses depois de aparecer na primeira equipa do Benfica. O Pietra estava lesionado e joguei a defesa esquerdo com o Sporting. Mas depois o Laranjeira lesionou-se e o senhor Baroti chamou-me para jogar ao lado do Humberto Coelho. De novembro a março joguei sempre a central até fazer uma ruptura em Portimão. Só voltei na época seguinte e então agarrei o lugar de lateral esquerdo”.

Defesa raçudo, Álvaro chegou a ser comparado com outro lateral histórico do futebol português: Artur. “Quando joguei pela Académica frente ao FC Porto, o mestre Mário Wilson pôs-me à direita para anular o Costa. Só me disse que ia jogar no próprio dia. Recordo o título do senhor Fernando Vaz n’ A Bola: “Está a nascer um novo ruço”.

A estreia na Bulgária não foi tão auspiciosa. A goleada foi dura, mas as recordações gratas: “O Oliveira marcou dois grandes golos e eu fiquei no quarto com ele. Incentivou-me muito. Foi o meu padrinho na seleção”.

 


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15 de Fevereiro 2020
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