Seleção A

Fernando Santos: "A responsabilidade é minha"

Seleção A

Selecionador Nacional analisa o desaire frente à Sérvia.

Fernando Santos em discurso direto:

“Não fizemos uma melhor exibição do que na quinta-feira [no empate sem golos na República da Irlanda]. Entrámos muito bem, pressionámos e fizemos o golo. Depois, começámos a baixar muito as linhas, sempre com muita dificuldade em chegar ao adversário, que estava com quatro unidades no meio-campo, numa espécie de quadrado. Dificilmente, acertávamos as marcações.

Chamei os jogadores várias vezes para nos tentarmos organizar. Montei a equipa com quatro médios mais interiores para conseguirmos chegar a tempo, além de os nossos laterais poderem abrir mais. Contudo, tivemos sempre muita dificuldade. Eu e os jogadores tentámos lutar, mas, quando tínhamos a bola, não ligávamos o jogo.

Sempre que ligávamos o jogo em saídas para o ataque, criámos sempre problemas ao adversário. Só que não o conseguimos na maior parte das vezes. A responsabilidade é minha. Se a mensagem não está a passar? Não sei. Seguramente, a mensagem não era para jogar assim. Não jogámos para empatar. Se fosse para tal, não jogaríamos assim.

Disse aos jogadores que a Sérvia atacava bem, mas tínhamos de defender bem e, quando tivéssemos bola, explorar os três jogadores da frente para criar situações. Acho que podíamos ter feito isso, mas não conseguimos. Se calhar, a mensagem não passou.

Ao intervalo, expliquei o que se estava a passar no jogo. A Sérvia meteu dois avançados, o que até nos dava vantagem, pois jogávamos atrás com três. Queria que os laterais se projetassem mais. O jogo ficou um pouco mais equilibrado. Não houve tanta dificuldade e conseguimos ter bola em alguns momentos e criamos duas ou três situações de golo.

Portugal nunca esteve por cima do jogo? A Sérvia foi melhor nesse aspeto. O nosso ADN é ter bola no pé para jogar. É verdade que equipa se despersonaliza. O Bernardo [Silva] quis bola, tentou jogar, mas foi o único. De resto, jogámos sempre com receio e ansiedade e raramente variámos o flanco de jogo, algo que tínhamos feito bem no jogo na Sérvia.

Esta equipa tem moral para ganhar [os ‘play-offs’]. Vamos estar no Catar. A gente sente o que está ali a acontecer na cabine. Sabemos que não fizemos aquilo que devíamos ter feito. Tentámos e não conseguimos, mas vamos estar no Catar."


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14 de Novembro 2021
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