Portugal venceu a República da Irlanda por 2-1, em mais um jogo da Fase de Qualificação para o Mundial 2022. Cristiano Ronaldo, com um bis, torna-se no melhor marcador de sempre de Seleções Nacionais.
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Três pontos conquistados com base na crença, na garra e na vontade. Três pontos que entram para a história do futebol mundial. Podemos resumir assim, destas duas formas, a vitória de Portugal, esta quarta-feira, no Estádio do Algarve, diante da República da Irlanda, por 2-1.
No primeiro jogo após a campanha no Euro 2020, os comandados de Fernando Santos entraram fortes e conquistaram cedo na partida uma grande penalidade, que viria a ser desperdiçada, já que Bazunu, guardião irlandês, adivinhou as intenções de Cristiano Ronaldo e defendeu o castigo máximo.
O ímpeto ofensivo português continuava a fazer-se sentir e minutos mais tarde foi o poste a negar um cabeceamento com 'selo de golo' de Diogo Jota. O domínio português continuava sem ter expressividade no marcador e a República da Irlanda acabou por abrir as hostilidades no Estádio Algarve. Egan, de cabeça, 'gelou' o público português nas bancadas.
Para o segundo tempo, Portugal precisava de marcar e o jogo fez-se praticamente no meio-campo defensivo irlandês. As investidas portuguesas, contudo, iam esbarrando na enorme muralha defensiva adversária que ia conseguindo travar de uma forma ou de outra todas as tentativas dos atletas nacionais. Precisava-se de um goleador, de alguém que assumisse a capa de super-herói e se reinventasse de forma a pôr um sorriso nos mais de 7000 portugueses presentes que voltaram a ver a Seleção Nacional ao vivo, num estádio em Portugal. Foi então que apareceu Cristiano Ronaldo.
Aos 89 minutos, o craque português apareceu na área após um cruzamento de Gonçalo Guedes e cabeceou para o 1-1, mas sobretudo para o recorde. O atleta madeirense marcava o 110.º golo de Quinas ao peito e tornava-se no melhor marcador de sempre de Seleções Nacionais. Uma vez mais, Cristiano Ronaldo escrevia o seu nome a letras douradas na história do futebol mundial.
Logo a seguir ao golo português, o quarto árbitro levantou a placa com o tempo de compensação e o estádio, galvanizado com o golo dos comandados de Fernando Santos, ia puxando pela equipa. Portugal partia em busca da vitória mas, para isso, precisava de ser eficaz, algo que não tinha sido durante o jogo. No entanto, numa das investidas finais, do pé esquerdo de João Mário saiu um cruzamento milimétrico para o coração da área. Cristiano Ronaldo saltou mais alto que todos os outros e cabeceou para a vitória, para êxtase de todos os portugueses.
Portugal garantia, assim, a liderança isolada do grupo, com 10 pontos, mais três do que a Sérvia, que esta jornada não jogou. Uma vitória conseguida com base no querer, no esforço, na ambição e construída com muita cabeça... literalmente!