Selecionador Nacional prevê um jogo equilibrado entre Finlândia e Portugal, na luta por um lugar no próximo Europeu.
A Seleção Nacional Feminina A realizou, esta quinta-feira, debaixo de neve, um treino na Bolt Arena, onde irá defrontar a sua congénere finlandesa amanhã, pelas 16h15. Na antevisão da partida, em declarações à agência LUSA, Francisco Neto disse que nenhuma das seleções pode afirmar-se como favorita e previu um jogo equilibrado, em busca da qualificação direta para o Europeu de 2022.
"Pelo historial das duas equipas nos últimos encontros, nenhuma se pode afirmar favorita, sinceramente. Tem havido muito equilíbrio e muitos empates nos duelos entre Portugal e Finlândia. Acho que a percentagem de favoritismo é de 50-50. Este será um jogo em que os pormenores irão fazer a diferença e nós iremos estar ao mais alto nível", afirmou.
Na visão do Selecionador Nacional, a Finlândia "tem crescido imenso desde a entrada da treinadora Anna Signeul". "Tem sido uma equipa altamente competitiva, com jogadoras experientes tanto a nível de seleção como de clubes. A prova são os 16 pontos que já somaram e a forma como os obtiveram. É uma equipa que nunca se dá por vencida até ao último minuto", explicou, para acrescentar que, "a jogarem em casa, e num jogo que pode dar o apuramento direto, as finlandesas vão manter essa postura e Portugal irá tentar contrariá-las".
Confrontado com a possibilidade de não vencer a Finlândia, com quem partilha a liderança do Grupo E de qualificação para o Europeu, e arrastar a decisão do apuramento direto para a última jornada, Francisco Neto foi taxativo: "Neste momento não pensamos nisso. O nosso foco é neste jogo. Depois do jogo, poderemos pensar no que virá a seguir, se o embate com a Escócia, penáltis, o que for. Poder chegar a estes jogos decisivos e dependermos só de nós é o mais importante. Agora só temos de obter os três pontos".
Numa análise aos números do Grupo E, se Portugal é a equipa que menos golos consentiu (apenas um), no que respeita à finalização surge atrás da Finlândia e da já eliminada Escócia. Francisco Neto reconhece que a equipa teve "alguns problemas na finalização", mas desdramatiza os números referentes à equipa lusa. "De todas as equipas do nosso grupo, fomos a que mais oportunidades criou. Não conseguimos concretizar todas, é verdade, mas seria mais preocupante se não conseguímos construir oportunidades. É isso que nos aproxima das vitórias", defendeu.
Depois de ter conduzido Portugal a um apuramento histórico em 2016, que culminou com a participação no Campeonato da Europa do ano seguinte, o Técnico Nacional nota algumas diferenças entre a equipa que brilhou na Roménia e a que luta agora pelo Euro de Inglaterra.
"Acima de tudo, a diferença está na maturidade. É um Portugal que cresceu, com outra maturidade competitiva e mais experiencia internacional. Desde 2017 até agora, a Direção da FPF permitiu-nos fazer jogos internacionais frente às melhores equipas do Mundo. Quando estávamos no apuramento em 2016, éramos uma equipa competitiva mas não estávamos tão maduros. Agora somos competitivos mas com mais experiência", realçou, garantindo que o grupo "está mais tranquilo nas certezas do que tem de fazer em campo".
As contas da qualificação
Se vencer as nórdicas na sexta-feira, Portugal apura-se diretamente para a fase final do Europeu, que irá ter lugar em Inglaterra, no verão de 2022, depois de ter avançado um ano no calendário, devido à Covid-19.
Se Portugal não vencer a Finlândia, com quem partilha o comando do Grupo E de qualificação para o Europeu, com 16 pontos, a Equipa das Quinas concluirá o seu desempenho quatro dias depois, em 23 de fevereiro, num jogo frente à Escócia, para o qual partirá já com o 'play-off' garantido.
Árbitra ucraniana no Finlândia-Portugal
A ucraniana Kateryna Monzul vai dirigir o encontro entre nórdicas e portuguesas, com a ajuda das compatriotas Maryna Striletska e Svitlana Grushko.
Da Ucrânia também virá Anastasiya Romanyuk, para desempenhar funções de quarto árbitro.
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