Seleção A

Tulipa “Pensei que estavam a brincar comigo”

Seleção A

29 de janeiro de 1995. Canadá, 1 - Portugal, 1. Rogers Centre, Toronto (Canadá)

Quando menos esperava, Tulipa foi chamado à principal Seleção Nacional por António Oliveira para disputar a SkyDome Cup, no Canadá, um torneio que Portugal venceu. O avançado, então com 22 anos, e com dois títulos internacionais no currículo por Portugal – campeão europeu de sub-16 e campeão do mundo de sub-20 em Lisboa, ambos com Carlos Queiroz – desconfiou da notícia quando lha deram no fim de um treino no Salgueiros. “Duvidei da seriedade da notícia. É verdade, pensei que estavam a brincar comigo e só acreditei quando vi o meu nome no e-mail”, confessa.

Tulipa reconhece, no entanto, que essa época lhe estava a correr bem. “A minha convocatória, assim como a de tantos outros jogadores, provou igualmente o forte caráter do mister Oliveira que não olhava a nomes, e estava igualmente atento a alguns jogadores que eram menos vistos”, destaca.

Do seu jogo de estreia, contra a seleção anfitriã, Tulipa recorda cada momento com um sabor especial e, muito em especial, os últimos minutos quando substituiu Folha, o autor do golo do empate. “Entrei já na parte final, e senti um misto de nervosismo e emoção. Concretizava, no fundo, um sonho de sempre – ser internacional A. Restava pouco tempo, quis dar o meu máximo e dei, e ficou aquela sensação de querer fazer tudo bem em tão pouco tempo”, lembra.

Tulipa voltou a ser utilizado no jogo seguinte contra a Dinamarca. “Aí, joguei mais tempo, já não houve aquele desconforto de querer fazer tudo em pouco tempo, e acho que cumpri. Ou melhor, Portugal cumpriu porque venceu esse torneio”, precisa. Depois desses dois jogos, justificou mais uma chamada à Seleção Nacional, num jogo amigável com a Grécia, pouco antes do Europeu de 1996, por essa altura já jogador do Belenenses.

Do seu longo percurso pelos vários escalões de Portugal, Tulipa só tem um lamento a registar: não ter integrado o grupo final de convocados para o Campeonato da Europa de 1996. “O meu nome esteve incluído nos 32 pré-convocados, e só saí  mesmo na parte final”, esclarece. E quando se lhe pergunta como é que justifica só três internacionalizações “A”, depois de tantos êxitos nos escalões de formação, a sua resposta é esta: “Na minha posição, extremo-direito e médio interior, havia jogadores de altíssimo nível: Figo, Rui Costa, Rui Barros e Sérgio Conceição…”


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