Técnico português é caso único de longevidade na Europa.

O Selecionador Nacional sub-21, Rui Jorge, comemora esta quinta-feira 10 anos no cargo (foi anunciado a 19 de novembro de 2010).

Depois de uma carreira muito relevante como jogador – foi internacional A em 45 ocasiões -, o antigo defesa-esquerdo abraçou a carreira de técnico no Belenenses, orientando os sub-19 durante 4 anos e a equipa principal na parte final da temporada 2008/09.

Durante a sua ligação à Federação Portuguesa de Futebol, guiou a Equipa das Quinas a três fases finais de Europeus sub-21 (2015, 2017 e 2021) e aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Na retina ficou inevitavelmente a campanha no Campeonato da Europa da República Checa, em 2015, quando Portugal apenas perdeu com a Suécia, na final, através do desempate por penáltis.

Além de um lastro de bom futebol, os números refletem o balanço positivo de uma década em que se registaram grandes momentos. Em 84 jogos, Rui Jorge registou ao leme de Portugal 59 vitórias, 14 empates e 11 derrotas, tendo a Equipa das Quinas marcado durante este período 204 golos e sofrido 73.

A sequência temporal mais positiva em termos de resultados aconteceu entre 12 de outubro de 2011 e 20 de junho de 2017, período em que os sub-21 somaram 2079 dias sem perder – o equivalente a 5 anos, 8 meses e 9 dias. Uma marca construída por 3 gerações de jogadores que valorizaram o futebol português, sendo ainda hoje recorde europeu de invencibilidade no escalão em causa.

Rui Jorge é o selecionador sub-21 europeu há mais tempo no cargo, seguido de Leif Smerud (selecionador da Noruega desde fevereiro de 2014) e Manuel Cardoni (selecionador do Luxemburgo desde julho de 2014). Se alargarmos a esta contabilidade treinadores de seleções seniores em todo o mundo, o técnico português de 47 anos fica na 5.ª posição e é apenas superado por Oscar Tabarez (selecionador do Uruguai desde março de 2006), Joachim Low (selecionador da Alemanha desde julho de 2006), Jesus Eulate Koldo (selecionador de Andorra desde junho de 2010) e Luc Holtz (selecionador do Luxemburgo desde agosto de 2010).

Pedro Pauleta, o diretor da FPF que acompanha em permanência a Seleção Nacional sub-21, não tem dúvidas em qualificar o balanço destes 10 anos: “É muito positivo. Os dez anos falam por si. O trabalho que o Rui Jorge e a sua equipa técnica têm desenvolvido aqui tem sido excelente a todos os níveis. É um treinador muito competente, com uma capacidade enorme, e tem-nos ajudado a completar o processo de formação de jogadores – já na fase final. Basta ver todos os futebolistas que temos conseguido aproveitar para a nossa seleção principal. É uma marca muito importante para ele e para a FPF. Demonstra a confiança que a Federação dá aos seus treinadores."