Jorge Couto: “A concorrência era de altíssimo nível”

FPF

19 de dezembro de 1990. Portugal, 1 EUA, 0. Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho (Maia)

Jorge Couto lembra-se como se fosse hoje da sua estreia na principal Seleção portuguesa, depois de ter feito um “percurso interessante” nas seleções jovens, destacando-se, aqui, o título mundial em Riade, em 1989, com Carlos Queiroz.

Um ano depois desse grande momento, apenas um ano depois, Jorge Couto, então com 20 anos, estreia-se com o selecionador Artur Jorge num Portugal-EUA, na Maia, com vitória lusa por 1-0. “Foi mais um momento marcante na minha carreira, aliás um dos mais belos momentos”, reconhece o ex-jogador, que soma seis títulos de campeão nacional – cinco pelo FC Porto e um pelo Boavista – além de três Taças de Portugal e quatro Supertaças.

“Quando cheguei à Seleção nacional estava a jogar no FC Porto, depois de ter sido emprestado ao Gil Vicente. O selecionador era o Artur Jorge, que também era o treinador do FC Porto. Não posso considerar qua tenha sido uma surpresa, pois estava em muito boa forma, e era titular. O Artur Jorge chamou-me e fiquei naturalmente orgulhoso. Foi mais um sonho cumprido”, frisa Jorge Couto.

Do jogo de estreia pela Seleção, Jorge Couto lembra-se igualmente dos momentos mais marcantes. “Entrei aos 67’ para o lugar de Vítor Paneira, ganhámos 1-0, com golo de Domingos. Foi um jogo cinzento contra os Estados Unidos, era um jogo de preparação, e numa equipa em que estavam Futre, Rui Barros, Fernando Couto, Semedo e André, entre outros”.

O ex-internacional, quase na posse do curso de treinador de IV nível, recorda-nos ainda que atuou como extremo-esquerdo: “Fazia bem o lugar, desenrascava-me bem no lado esquerdo, pois a minha técnica individual era boa, conduzia bem a bola, procurava bem os espaços e cruzava com propósito. Talvez me tenha afirmado mais na esquerda, pois na altura não havia muitos canhotos”.

Atendendo aos vários títulos nacionais conquistados para além de ter sido titular no Boavista e no FC Porto, não terá sido demasiado curto o percurso de Jorge Couto na Seleção portuguesa? “Talvez sim, reconheço que poderia ter feito um pouco mais e melhor. Tive uma carreira positiva, acima da média, tanto no FC Porto como no Boavista, mas convém lembrar que, na minha altura, houve muita e boa concorrência. Extremos de altíssimo nível como Luís Figo, Paulo Futre, Jaime Magalhães e Vítor Paneira, entre outros”.

Apesar de um currículo breve na principal Seleção portuguesa, 6 internacionalizações A, Jorge Couto precisa que foi chamado por “Artur Jorge, Carlos Queiroz, António Oliveira e Humberto Coelho. Qualquer um deles confiou em mim”, regista. “Acho que, também na Seleção, cumpri, e o título mundial de Riade é o meu ponto alto”, afirma.

 


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