Jorge Braz e Pedro Cary fizeram um balanço extremamente positivo do regresso ao trabalhos da Seleção Nacional de futsal.
A Seleção Nacional de futsal concluiu esta quarta-feira um estágio de preparação que arrancou no domingo à noite. A Equipa das Quinas cumpriu cinco sessões de trabalho (três no Pavilhão dos Leões de Porto Salvo e duas no Pavilhão Desportivo dos Lombos).
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O Selecionador Nacional de futsal, Jorge Braz, explicou que os objetivos delineados para estes dias de trabalho, que significaram um regresso da Seleção ao fim de um longo tempo de paragem, foram cumpridos.
“Os objetivos passavam por estarmos novamente juntos – reunir a nossa família da Seleção Nacional -, relembrar e, simultaneamente, acrescentar um ou outro conteúdo do ponto de vista do que é a nossa identidade. Por último, tínhamos um terceiro objetivo que era não haver lesões. Queríamos preparar-nos muito bem, relembrar e aproveitar este estágio para voltarmos a ser a nossa família do ponto de vista do comportamento socio-desportivo e do jogo em si e da nossa organização, tendo cuidado para não haver lesões depois de uma paragem tão grande.”
“Estou totalmente satisfeito. Foram três dias de trabalho fantásticos, com um ambiente altamente positivo e encorajador para o futuro. Acho que os objetivos foram totalmente conseguidos. Relembrámos, acrescentamos. Foi interessante ver como a maioria dos jogadores chega aqui passado tanto tempo e ainda se identifica totalmente com alguns princípios e alguns comportamentos. Isso deixa-nos totalmente satisfeitos. Ainda por cima integramos jogadores: alguns que não vinham à algum tempo; o Neves que veio pela primeira vez - um miúdo muito interessante que representa uma geração de enorme potencial. Trata-se de um sinal para os restantes jovens que vão surgindo.”
A Equipa das Quinas tem previstos para já dois jogos de preparação com Espanha no mês de novembro e iniciar a qualificação para o Campeonato da Europa Holanda 2022 no próximo ano, com jogos em casa e fora diante de Noruega, Polónia e República Checa. Antes da realização da fase final do Europeu, prevista para o início de 2022, Portugal disputará o Campeonato do Mundo da Lituânia, em setembro e em outubro de 2021. Jorge Braz garante que a equipa vai estar preparada para os desafios que se avizinham.
“A qualificação para o Europeu num novo formato, depois o Mundial e a seguir ao Europeu. São desafios que se colocam. Se é diferente e uma experiência nova para nós, gostamos disso. Gostamos destes desafios. A ambição está lá sempre. Vai ser difícil a qualificação para o Europeu. Com ao adiamento do Mundial, temos de desmontar a ideia de que o próximo objetivo é essa competição. Vamos lá estar nesse Mundial, mas agora temos uma etapa muito importante que é a qualificação para esse Europeu, onde queremos impor a qualidade de Portugal. Na próxima época queremos estar nas duas fases finais. Agora teremos pela frente, em novembro, dois encontros com Espanha e, em dezembro, queremos encontrar um adversário forte e difícil. Espanha é, claramente, um desses adversários que queremos defrontar e procuraremos encontrar mais um adversário forte. Queremos iniciar a qualificação no próximo ano totalmente preparados e refinados em relação ao que é a identidade da Seleção.”
Pedro Cary, um dos capitães de equipa, não tem dúvidas que este vai ser um ano muito importante em que todos vão ter de estar ao seu melhor nível.
“Este estágio foi fantástico. Recuando um pouco e pegando nas palavras do mister Jorge Braz no final do treino de hoje, a equipa técnica ficou agradada. Quando o mister e a equipa técnica ficam agradados e satisfeitos com o nosso trabalho, é sinal que tudo fizemos e trabalhámos da melhor forma ao nível dos objetivos que a equipa técnica tinha para este estágio, que passavam por evitar lesões -estamos no início de época, após uma paragem muito longa - e assimilar alguns processos, pois não estávamos juntos desde fevereiro, aquando da qualificação para o Campeonato do Mundo. Foi bom reunir a Seleção e os jogadores que entenderam, para esta fase, preenchiam os requisitos. Individualmente estou muito agradado por cá estar e não queria deixar de dar os parabéns ao Neves [que se estreou em convocatórias na Seleção A] por estar aqui. Esta presença é o fruto o trabalho dele. Quero, em nome da equipa, dar-lhe os parabéns, porque acho que é muito merecido. Desfrutámos do ambiente – um ambiente diferente, que equipa técnica e nós, jogadores, fomos conquistando. Vivemos um ambiente super saudável. Todos os jogadores têm-se sentido muito agradados por cá estar.”
“Não quero falar de um ano atípico, mas sim num ano fantástico para todos – não só para os mais novos, mas acima de tudo muto aliciante para os mais “velhos”, porque o velho é só na idade, pois a vontade mantém-se a mesma. Espero um ano fantástico com alguns estágios, o apuramento para o Europeu que vem primeiro que o Mundial que é só em setembro de 2021. Pessoalmente estou muito animado e acredito que os jogadores mais velhos terão uma dedicação extrema e se esforçarão ao máximo, até porque temos muita capacidade ao nível de jovens jogadores para entrar na Seleção. Cabe aos jogadores mais velhos trabalhar, porque temos o direito e a responsabilidade de tudo fazer para continuar neste espaço que tanto gostamos.”
Em relação ao novo modelo competitivo, Pedro Cary considera que é uma questão de adaptação e os atletas de alta performance têm de ter essa capacidade de se adaptar a um novo formato. A Seleção portuguesa é uma equipa de muita qualidade e tem-no provado ao longo dos anos. O formato não importa – importa sim a forma como o vamos encarar e certamente iremos estar preparados para o apuramento para o Europeu.
Habituado a jogar pela Seleção em pavilhões cheios e com o apoio dos portugueses, Pedro Cary explicou que “não tem sido fácil”, considerando que “os atletas de elite têm de estar preparados para todas as situações que se lhe apresentem.”
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