“O futuro continuará a ser bom”

Seleção A

O selecionador nacional Fernando Santos participou no Cascais Sports Weekend

Fernando Santos foi este sábado um dos oradores convidados da quinta edição do Cascais Sports Weekend, tendo participado no painel que abordou o tema “O desporto em tempos de pandemia”, partilhando a convicção de que no caso da Seleção Nacional “o futuro continuará a ser bom”.

O selecionador nacional falou sobre o Campeonato da Europa que estava programado para este verão e confrontado com a ‘benesse’ de prolongar o estatuto de campeão por mais um ano afirmou sem hesitações: “preferia estar a jogar o Euro”.

Em relação aos efeitos da pandemia no que estava planeado a tão pouco tempo do Europeu, Fernando Santos referiu que a “programação ficou comprometida” e que, mesmo nesta fase, “a observação tornou-se muito difícil, pois os campeonatos pararam e aqueles que foram reatados só agora é que as equipas começam a ganhar algum ritmo. Ao fim de uma interrupção de três meses, o ciclo que se segue não pode ser normal”, observou.

O selecionador nacional lembrou que antes do Europeu, já em setembro, “vamos jogar a Liga das Nações o que se por um lado é uma vantagem, por outro é praticamente um teste, pois verdadeiramente nem sabemos em que condições estará o mundo nessa altura”.

Fernando Santos não deixou de transmitir uma mensagem de confiança: “Não podemos partir só do problema. Ele existe e, portanto, o que temos de fazer é encontrar soluções para estarmos preparados para a competição”. Para reforçar essa confiança, constatou: “A força que temos é a de uma equipa muito unida. Do presidente aos jogadores há sempre um enorme compromisso”.

Perante tantos “ses”, Fernando Santos admitiu que a primeira convocatória pós-COVID-19 “terá de ser quase 99 por cento com base na anterior. Faremos o primeiro jogo ao fim de 16 meses e logo contra a Croácia e para darmos início a uma campanha em que estamos a defender um título. Teremos de reajustar as ideias que tínhamos, embora o planeamento básico continue a ser feito. O pior é que é feito em casa o que é uma chatice…”

O selecionador nacional recordou que “o trabalho de uma Seleção tem sempre o handicap de os treinos servirem quase só para recuperar. Acho que nestes últimos cinco anos terei acumulado um terço dos treinos que um clube faz durante uma época”.

Por isso, o “aspeto mental tem sempre muita importância” e neste contexto ainda mais. Fernando Santos assinalou que “no início da pandemia, criámos um grupo whatsApp alargado com jogadores para perceber como eles estavam a viver aqueles tempos mais stressantes. Mas a verdade é que só a 31 de agosto, no primeiro dia da concentração, é que vou perceber olhos nos olhos como eles estão”. Independentemente de todas as contingências, Fernando Santos não tem dúvidas: “o futuro continuará a ser bom”.

O painel do 5º Cascais Sports Weekend que contou com a participação do Selecionador Nacional teve também os contributos do presidente da Câmara Municipal Carlos Carreiras, o vereador do desporto Frederico Nunes, os diretores do futebol de formação do Sporting, Tomaz Morais, e do Estoril, Hugo Leal, o atleta olímpico Marcos Chuva e o médico João Ramos.


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