NASCIMENTO “Ponto mais alto da minha carreira”

Seleção A

4 de Fevereiro de 1987: Portugal, 1 Bélgica, 0; Estádio Municipal 1º de Maio, em Braga

Quando se pergunta a Nascimento, médio que foi campeão nacional pelo FC Porto, qual foi o momento alto da sua carreira, não fica qualquer dúvida: a chegada à Seleção Nacional. “É um daqueles momentos que fica para sempre gravado na nossa memória desportiva”, esclarece, embora sublinhe que também ficou orgulhoso com a época de 1987/87 em representação do Vitória SC, então orientado por Marinho Peres.

Sobre o jogo de estreia com o símbolo das quinas ao peito, recorda-se como se fosse hoje. “Estreei-me e logo como titular contra a Bélgica, num “particular”, no estádio 1º de Maio, e vencemos por 1-0, com golo de Frasco. No meio-campo, joguei eu e o Frasco, o Nunes e o Quim. A minha tarefa em campo passou sobretudo por marcar o Scifo, um grande jogador sem dúvida, na altura ainda no Anderlecht antes de seguir para o Inter”.

Nascimento reconhece que a primeira chamada à seleção principal portuguesa foi facilitada pelo período pós-Saltillo, mas também não tem dúvidas de que, na altura, justificou em absoluto o voto de confiança dado por Ruy Seabra/Juca. “Como todos se lembram, houve aquela grande confusão no México, muitos dos jogadores que lá estiveram foram suspensos, e o Ruy Seabra decidiu, então, dar a oportunidade a outros jogadores, entre eles eu. Recebi a notícia com entusiasmo e orgulho, afinal tratava-se da minha primeira chamada à seleção principal, e depois de tantos anos no futebol, sempre dando o meu máximo, iria ser internacional”, afirma Nascimento, que no seu currículo conta com 5 internacionalizações A, para além da participação no Mundial de juniores de 1989/90 no Japão. “Nesse Mundial fomos eliminados nos quartos-de-final pelo Uruguai. A Argentina foi campeã com o Maradona”.

Na verdade, o percurso de Nascimento pela seleção principal esgotou-se no ano seguinte ao da sua estreia, ou seja, em 1988, nos jogos de qualificação para o Campeonato da Europa. Jogou duas vezes contra a Itália e duas vezes contra Malta, e sempre como titular. A partir daí, nunca mais jogou pela seleção principal. “O castigo aos jogadores que estiveram em Saltillo foi levantado e nunca mais joguei, ou melhor, nunca mais joguei pela seleção A, mas joguei várias vezes pela seleção olímpica e pela seleção de Esperanças – era sempre um dos dois jogadores com mais de 23 anos”.


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