Internacional português revela detalhes do seu estilo de vida equilibrado, no programa Amor à Camisola. Fala também dos grandes objetivos que tem para a próxima época.
José Fonte é um exemplo de boa forma física e longevidade no futebol europeu. Aos 36 anos, o internacional português prepara-se para cumprir mais uma época de alto nível no Lille, em França, onde realizou 33 jogos em 2019/2020, até à paragem do campeonato no mês de março.
Em entrevista ao programa "Amor à Camisola", no Canal 11, onde esteve também o nutricionista da FPF Rodrigo Abreu, o defesa fez revelações sobre o seu estilo de vida equilibrado e as rotinas que adotou em tempo de pandemia. Contou, por exemplo, que treinou até em férias e que o peixe é a sua base alimentar.
O jogador falou ainda dos sonhos que tem para a nova temporada, assumindo o desejo de ser um dos melhores defesas do campeonato francês e de estar presente no Campeonato da Europa em 2021.
Principais declarações de José Fonte:
[Sobre o final do campeonato francês e a adaptação a novas rotinas]
"Não tem sido fácil. No Lille chegámos a treinar com o campeonato parado. Fizemo-lo até meio de abril, cinco vezes por semana, porque estávamos à espera de perceber se a Liga ia continuar ou não. Quando o primeiro-ministro francês [Édouard Philippe] anunciou a proibição até setembro de toda a atividade desportiva, entrámos em férias”.
[Cuidados com a dieta]
“Tenho cuidados com a alimentação especialmente quando estou em competição. O facto de viver sozinho em Lille faz com que cozinhe mais. Temos ali um grupinho de portugueses e todos cozinham. O que mais gosto de preparar e comer? Peixe fresco. Tenho uma pessoa amiga que fornece bom peixe para os restaurantes de Lille. Mando vir salmão e um bom robalo, os meus pratos preferidos”.
[Alimentação em férias]
“Em férias, relaxamos sempre um bocadinho. Quando viajei para Portugal foi o descalabro, porque a minha mulher vai comprar bolas de Berlim. Nestas alturas, não é preciso ser tão rígido na alimentação. Já dá para comer aquilo que nos apetece, embora sem excessos. Importante é vermos a qualidade dos alimentos. Se comer um bom bife de vez em quando não me vai fazer mal”.
[Um ‘guilty pleasure’]
“Um prato que não seja saudável e que aprecie muito? Francesinhas. Mas só as como num determinado restaurante, nunca faço esse prato. Em casa só comemos coisas boas”.
[Preparação fora da competição]
“Nunca parei de treinar. É importante manter a atividade física. Treino três a quatro vezes por semana, seguindo o plano de trabalho que me deram no Lille e mais alguns extras. Tenho aproveitado também para descansar. O descanso é tão ou mais importante que o trabalho. É preciso conhecer o nosso corpo, saber o que ele precisa.”
[Objetivos para a nova época]
“Quero preparar-me bem para ser um dos melhores defesas em França e ajudar o Lille a concretizar o seu objetivo, que é um lugar entre os três ou quatro primeiros. Além da Liga dos Campeões, queremos fazer frente ao Paris Saint-Germain. Tenho, também, o sonho de estar presente no Europeu em 2021. Vou fazer tudo para estar a um nível altíssimo que me permita ser chamado”.
[Como tem visto o campeonato português]
“Tenho acompanhado mais o futebol português, por ter passado férias em Portugal. Sigo com particular atenção os jogos do meu irmão. Parece-me que a ausência de público está a tornar a liga mais competitiva e nivelada. Jogar na Luz ou no Dragão sem os adeptos da casa presentes deixa as equipas visitantes mais à vontade. Por outro lado, a exigência mental tornou-se maior para os jogadores. Jogar à porta fechada obriga-os a elevar, e muito, os níveis de concentração. Para mim, o espetáculo do futebol só ganha com a participação dos adeptos. Espero que isso volte a ser possível. Um estádio em silêncio pode perturbar.”
