Reconhecimento à FPF pela atribuição da Champions a Portugal

FPF

Relevância e impacto da organização da competição sublinhada na receção em Belém

Os méritos da FPF na atribuição da Champions a Portugal foram sublinhados e reconhecidos por todos os governantes que marcaram presença na cerimónia promovida pelo Presidente da República e que juntou nos jardins de Belém as mais altas personalidades do Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu, além do presidente da FPF Fernando Gomes e do CEO Tiago Craveiro, o Primeiro-Ministro António Costa, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa António Medina, Eduardo Ferro Rodrigues (Presidente da Assembleia da República), João Paulo Rebelo (Secretário de Estado do Desporto), Tiago Brandão Rodrigues (Ministro da Educação), Marta Temido (Ministra da Saúde) e Pedro Siza Vieira (Ministro da Economia). SL Benfica, através do vice-presidente Nuno Gaioso, e Sporting CP, através do presidente Frederico Varandas, também marcaram presença.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a escolha da UEFA tratou-se de uma "magnífica notícia para Portugal", destacando o papel de Fernando Gomes. "Concordo que esta é uma vitória de Portugal mas é uma vitória pessoal do presidente Fernando Gomes. É muito dele. Quem o conhece sabe como tem o prestígio, o respeito e a admiração que valem um corpo de diplomatas ou um exército de especialistas em matéria de relações internacionais. Estamos-lhe muito gratos. Não sabia o que ele podia ganhar mais depois do que tem ganho nos últimos anos. Ganhou mais um desafio e ganhou para Portugal", disse o presidente que ainda elogiou o papel dos clubes, da Câmara Municipal de Lisboa e dos diversos ministérios envolvidos na organização do evento.

António Costa agradeceu o papel preponderante de Fernando Gomes na decisão favorável a Portugal e encarou este voto de confiança da UEFA como uma forma de premiar os profissionais de saúde. "O senhor presidente da federação enunciou muitos dos motivos pelos quais a UEFA escolheu Portugal, mas omitiu o mérito, o prestígio, o empenho e a enorme capacidade diplomática que teve ao longo deste processo. Quase em segredo até ao final, só com muito trabalho isto acabou por ser possível. Os portugueses mostraram uma capacidade extraordinária para enfrentarem esta pandemia. E é um prémio aos profissionais de saúde. Ao longo desta crise nunca tivemos uma taxa de ocupação superior a 60% nos cuidados intensivos, nunca tivemos uma situação de rutura. Temos de agradecer aos profissionais de saúde e a todos os portugueses que fizeram com que Portugal se afirmasse como um destino seguro. Portugal é um destino seguro".

Fernando Medina, por sua vez, defendeu que a realização da Liga dos Campeões na capital portuguesa tem uma importância “verdadeiramente estratégica” para a economia da cidade e do país", relembrando que “Lisboa, Portugal, vão ter uma exposição de centenas de milhões de pessoas durante muito tempo, em todo o mundo”. O líder da Câmara Municipal de Lisboa também deixou elogios a Fernando Gomes: "O Fernando não é um avançado. Não marca golos como o Ronaldo, mas olha que este foi um golo com um belíssimo efeito e um golo com grande impacto para a vida de muitos e muitos milhões de portugueses nos próximos anos”.

O presidente da FPF foi o primeiro a usar da palavra, tendo destacado o apoio, o compromisso e o entusiasmo do Governo e do Presidente da República, bem como o comportamento dos portugueses no combate à pandemia.

Leia aqui o discurso na íntegra de Fernando Gomes:

"Exmo Senhor Presidente da República,

Exmo Senhor Presidente da Assembleia da República,

Exmo Senhor Primeiro Ministro,

Exmo Senhores Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Exmos Senhores membros do Governo,

Caro Presidente do Sporting Clube de Portugal,

A maior prova de clubes do mundo vai disputar-se em Portugal.

Tentarei dizer porquê, com a maior transparência possível.

A Champions acontece em Portugal desde logo porque temos clubes que investem em infraestruturas de excelência e as mantêm a alto nível. Não apenas os seus estádios, mas também os centros de treino que tão relevantes vão ser nesta inédita Final a 8. Sem os clubes não estaríamos aqui.

A Champions acontece em Portugal em 2020 porque o País e as suas autoridades foram capazes, num esforço conjunto com os portugueses, de manter a pandemia de Covid 19 num nível controlado, usando a verdade como arma e a ação rápida como regra.

A Champions acontece em Portugal porque o senhor Primeiro-Ministro e o Governo que lidera, agiu com a mesma velocidade ao apelo da Federação. Essa celeridade foi muito importante para superar candidatos com um peso político muito relevante na cena internacional.

Peso político absoluto que sentimos do Senhor Presidente da República desde o minuto um. Disponível para tudo, para conversas nacionais e internacionais. Foram muitas as conversas telefónicas e algumas pessoais aqui em Belém, em que a sua energia nos deu alento para intermináveis horas de reuniões com a UEFA. Ter tudo a ponto de ser hoje confirmado foi de uma exigência incalculável.

A Champions acontece em Portugal porque a cidade de Lisboa dispõe de uma notável e vasta capacidade hoteleira de primeiro nível e um Presidente de Câmara empenhadíssimo no sucesso de uma organização que agora começa e terá de acontecer em tempo recorde e com níveis de eficiência excecionais.

Mas a Champions também acontece em Portugal porque a Cidade do Porto organizou connosco, há um ano, de forma irrepreensível, a Final da Liga da Nações da UEFA. Essa ideia recente deixa marcas. Por isso, além de constar do nosso plano de 2020 para a eventual necessidade dos oitavos de final, a Cidade do Porto, que este ano deveria receber a Supertaça Europeia, terá, já garanti ao Dr. Rui Moreira, uma nova Final europeia até 2025.

O mesmo digo da Cidade de Guimarães, igualmente sede da Liga da Nações há um ano e que está de prevenção para os oitavos da Liga dos Campeões caso isso se revele necessário.

Mas a Champions vem para Portugal porque antes de alguém sequer pensar neste modelo houve quem o propusess, decorria ainda o mês de Abril. Isso mesmo foi hoje reconhecido pela voz do Presidente da UEFA.

A Champions vem para Portugal porque a Federação tem nos seus quadros pessoas que já lideraram a organização de mais de dez finais de Champions um pouco por toda a Europa. Um facto incapaz de ser igualado por qualquer outra federação da Europa.

E finalmente a Champions vem para Portugal por causa dos portugueses. Pelo trabalho cívico e coletivo que fizeram e precisam de continuar a fazer.

Quando o País e os portugueses deixam de lado invejas e lutas estéreis. Quando o coletivo entende que ganhar não é um trabalho solitário, dias como os de hoje acontecerão mais vezes.

Senhor Presidente da República, muito obrigado pela honra que nos deu nesta receção. Sabemos bem que transportamos, com as seleções, com esta Federação e os nossos clubes, “um quinhão importante da representação de Portugal”.

Muito obrigado!"

 

 

 


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17 de Junho 2020
Foto

Paulo Vaz Henriques / Gabinete PM

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