Fim-de-semana de debate e reflexões sobre passado, presente e futuro do futebol feminino, onde estiveram representantes de clubes, Associações de Futebol e FPF.
Estão concluídas as Jornadas Técnicas de futebol feminino 2019/2020, que decorreram este fim-de-semana, em Portimão, com a presença de 36 personalidades envolvidas no futebol feminino – onde se contam representantes da Federação Portuguesa de Futebol, da Liga BPI e de Associações Distritais e Regionais que não estão representadas no principal escalão.
Neste derradeiro dia de troca de reflexões e ideias, a sessão de abertura dos trabalhos esteve a cargo de Júlio Vieira, Diretor da FPF, abordando o tema “Certificação e Licenciamento”. De seguida, surgiu a apresentação de Marta Gomes, Gestora de Marketing para o Futebol Feminino, e João Anino, Gestor de Marketing para as Competições FPF, que fizeram uma exposição intitulada “Aproximação da Liga BPI ao Consumidor”. Carlos Lucas, Diretor de Competições e Eventos da FPF, falou sobre “A Liga BPI e o Canal 11” e, mais tarde, sobre “Como organizar um jogo”. A ordem dos trabalhos ficou concluída com o debate sobre o Calendário 2020/2021, sob a orientação de Mónica Jorge (Diretora da FPF).
Após a conclusão das Jornadas Técnicas, a diretora da FPF para o futebol feminino deu conta da importância deste evento, na linha da estratégia que o organismo que tutela o futebol português tem para a modalidade nos próximos anos. “Queremos dar continuidade à nossa política de aproximação aos clubes, para que todos os nossos projetos evolutivos permitam que cresçamos juntos. Cada vez mais sentimos que eles se sentem à vontade para partilhar ideias, sugerir ou até mesmo pedir ajuda em algumas situações, de forma a que as estruturas estejam mais preparadas para as competições e para o desenvolvimento da modalidade”, disse.
Uma das intervenções mais aguardadas do desta iniciativa foi a de Lola Romero, diretora do futebol feminino do Club Atlético Madrid, que falou da sua experiência no emblema espanhol. A dirigente federativa considera que a partilha da visão de uma realidade diferente - mas não distante - foi útil: “Foi uma intervenção muito positiva. Ela vem de uma cultura muito próxima da nossa, mas que começou mais cedo o desenvolvimento da modalidade. As dificuldades que eles passaram são as mesmas pelas quais estamos a passar. O facto de Espanha já estar a passar pela fase do crescimento externo é sintomático disso, pois nós ainda estamos na fase do crescimento interno. Resumidamente, foi uma apresentação fantástica, recheada de interação”, frisou.