Seleção A

Costa: “Não me disse de ‘caras’ que iria ser convocado...”

Seleção A

Jogo: França-Portugal, 2-0. 8 de março de 1978.Parque dos Príncipes, Paris

Hoje em dia é impensável. Na altura, ano de 1978, era recorrente: o treinador de uma equipa da 1ª Divisão ser também o selecionador nacional. E foi, precisamente, nessas circunstâncias que Costa chegou à Seleção A pela mão de Juca. Ambos estavam na Académica de Coimbra e conheciam-se como a palma das suas mãos. “Não me disse de ‘caras’ que eu iria ser convocado, mas durante essa semana deu-me a entender que tal iria acontecer”, esclarece o extremo-esquerdo.

“Estava, de facto, num bom momento”, afirma, e tanto assim era que, quatro meses depois, o FC Porto de Pedroto contratou-o. “Recebi a notícia com orgulho, mas também com responsabilidade”, precisa Costa, que destaca o importante papel assumido por alguns dos seus colegas da Académica, entre outros, Manuel António, Gervásio, Vítor Campos e Mário Campos. “Eles funcionavam como um forte apoio do grupo junto do treinador e também como factor de motivação para os que estavam a emergir. Senti que eles estavam ao meu lado, e pessoalmente foi muito importante”.

No seu jogo de estreia, contra a França, no Parque dos Príncipes, foi logo titular. “No ataque, jogou o Oliveira à direita e eu à esquerda, e no meio o Manuel Fernandes. O João Alves atuou nas nossas ‘costas’ e um pouco atrás dele, o Toni e o Celso”, esclarece Costa de um jogo em que já lá vão 42 anos.

“Foi o meu primeiro jogo pela seleção principal e o último do Toni”. E há boas memórias dessa estreia? “Nem por isso. Perdemos por 2-0 com uma seleção que tinha, por exemplo, Michel, Giresse, Six, Battiston, Bossis e que deixou de fora Platini, Trésor, Rocheteau. Essa seleção era muito forte e o jogo serviu de preparação deles para o Mundial da Argentina”.

Ainda sobre a sua estreia, Costa lembra uma situação curiosa: “O lateral-direito deles, Janvion, era tão ofensivo, que passei mais tempo a marcá-lo do que o contrário…”


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