António Almeida e as rotinas "totalmente alteradas"

SEMPRE EM JOGO

Árbitro de futsal e de futebol de praia é agente da PSP de profissão e está na linha da frente no combate à propagação da Covid-19

António Almeida nunca imaginou viver uma situação como a atual. Aos 43 anos, este árbitro de futsal e árbitro internacional de futebol de praia, está impedido de exercer o seu hóbi principal, que nunca interrompeu em 17 anos de carreira, estando exclusivamente dedicado à sua profissão de sempre, de agente da Polícia de Segurança Pública.

Ao telefone, sempre prestável e bem disposto, António Almeida confessa que as rotinas da sua vida "foram totalmente alteradas", devido ao coronavírus. "Eu estou na primeira linha do combate à pandemia e por isso a minha mulher tem ficar em casa com os nossos filhos. Só aqui já há uma alteração de rotinas. Depois, a forma como venho e vou trabalhar; quando chego a casa, preciso sempre de ter todos os cuidados ao nível da roupa, do calçado e da higiene. Para além disso, também não consigo treinar da forma que sempre aconteceu, com o meu grupo de colegas; tenho de fazer alguns exercícios em casa e correr sozinho na minha zona de residência", explica. 

Mas também como agente da PSP a sua rotina sofreu alterações. "No momento que estamos a falar, estou num ponto de controlo entre os concelhos do Porto e de Gondomar, numa ação de fiscalização tendo em conta este período especial da Páscoa. Nos outros dias, tenho andado na rua ou em transportes, como o metro, o comboio ou o autocarro, a fazer ações de fiscalização, porque é nosso dever, mas também de sensibilização", acrescenta.

António Almeida diz que fiscalizar é obrigatório, mas que a sua função principal não tem sido essa: "O principal do meu trabalho tem sido a prevenção. Nesta altura tão difícil, a polícia está a fazer a sua parte para ajudar as pessoas. Há muita gente que vem ter connosco na rua a pedir informações principalmente sobre o que pode ou não fazer, ou os sítios onde pode ou não ir. Queria também aproveitar para dizer que os portugueses têm tido um comportamento muito bom, embora haja sempre exceções".

Enquanto cidadão e agente da PSP, deseja que "tudo isto se resolva o mais rapidamente possível", tal como acontece como árbitro; neste caso, confessa: "Custa chegar ao fim da semana e não ser noemado para nenhum jogo. Há-de resolver-se..."


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