Camisolas com memória

FPF

Humberto Coelho, José Couceiro e António Simões recordam momentos únicos com as peças da coleção especial "Portugal Legends".

É habitual dizer-se que a camisola da Seleção Nacional pesa muito. A expressão procura ilustrar a responsabilidade de representar um país ao mais alto nível desportivo, o sonho maior para qualquer jogador de futebol.

Esta questão torna-se ainda mais premente no nosso país, pelo historial riquíssimo e cheio de momentos inolvidáveis da Equipa das Quinas, que a coleção especial "Portugal Legends", lançada esta semana pela Federação Portuguesa de Futebol, procura homenagear.

Neste sentido, as três camisolas que integram a campanha têm um peso ainda maior porque se referem a momentos muito importantes na construção da imagem de Portugal como um país com pendor para o futebol atrativo e jogadores muito competitivos, que podiam criar dificuldades a qualquer seleção do mundo.

A FPF juntou três figuras do futebol português com ligações profundas à Seleção Nacional e, mais especificamente, aos anos em que foram confecionados os equipamentos agora reproduzidos fielmente - 1959, 1966 e 1972. Mal vestiram três das peças icónicas da coleção especial "Portugal Legends", as memórias começaram a ser desfiadas com toda a naturalidade por dois antigos internacionais (Humberto Coelho e António Simões) e ainda por José Couceiro, alguém cujo percurso relevantíssimo sempre encontrou no tio-avô, Fernando Peyroteo, uma fonte de inspiração privilegiada.

Veja aqui as fotos da coleção

Orgulho de Quinas ao peito

Humberto Coelho, atualmente a ocupar o cargo de vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, não escondeu a emoção de recordar a Mini-Copa de 1972, onde foi um dos esteios do setor defensivo de Portugal, que chegou à final desta competição frente ao então campeão mundial, Brasil: "É um marco na minha história, na minha carreira. Chegámos à final, no Maracanã, com 100 mil pessoas a assistir. Os brasileiros tinham vencido o Mundial de 1970, no México, e esse foi um momento inesquecível. As camisolas são todas bonitas, os momentos é que são diferentes. Jogar por Portugal é sempre um momento muito bonito", frisou.

António Simões era um dos atacantes da Equipa das Quinas que brilhou no Mundial de Inglaterra, em 1966, onde a formação nacional conseguiu um terceiro lugar na primeira participação de sempre de Portugal na fase final de uma grande competição internacional de futebol. Para o antigo "magriço", voltar a vestir a camisola que foi produzida naquele ano teve grande significado: "Aquela geração teve oportunidade de demonstrar que era capaz de fazer algumas coisas interessantes. É um marco histórico, é muito bom recordá-lo [...]. Todos os momentos que esta camisola representou ao longo da minha carreira e também para o país tem sempre um significado especial […]. Esta camisola que tenho vestida, com este tecido, a chover, imagine o que me custava correr! ", salientou.

José Couceiro, atual Diretor Técnico da FPF, cresceu a ver vídeos do tio-avô, Fernando Peyroteo - um dos maiores goleadores de sempre do futebol nacional - com a camisola usada pela Equipa das Quinas nos anos 40 e 50: "Ele será sempre uma grande referência e para mim e é um orgulho vestir a camisola dele [...]. Fazemos muito bem em relembrar às novas gerações os grandes jogadores do passado do futebol português", salientou.

Todos os produtos podem ser adquiridos na loja online da FPF: https://portugalstore.fpf.pt/pt/loja/pt-portugal-legends


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