Seleção Olímpica já se encontra no Brasil

Seleção Olímpica

A Equipa das Quinas viajou esta sexta-feira para o Rio de Janeiro, onde irá disputar os Jogos Olímpicos.

A Seleção Nacional Olímpica viajou esta sexta-feira de Lisboa para o Rio de Janeiro, onde irá trabalhar ao longo de quase duas semanas preparando a sua participação nos Jogos Olímpicos Rio-2016, que arranca no dia 4 de agosto com a partida diante da Argentina, no Estádio Olímpico.

A Equipa das Quinas partiu pelas 10h40 de Lisboa e chegou ao Rio de Janeiro, nove horas e vinte cinco minutos depois, pelas 20h05 (16h05 locais).

Adaptação planeada com muita antecedência
A participação em grandes competições internacionais em países com diferentes fusos horários requer uma atenção especial por parte de quem se ocupa da preparação dos atletas. A equipa técnica da Seleção Olímpica, em estreita ligação com a Unidade de Saúde e Performance (USP) da Federação Portuguesa de Futebol, teve alguns cuidados, antes e durante a viagem, pois a adaptação ao fuso horário do Rio de Janeiro deverá decorrer durante os próximos dias (um dia por cada hora de diferença).

“São diversos o fatores que associados às viagens que podem influenciar o desempenho desportivo, nomeadamente o ‘jet lag’, alterações do ritmo circadiano, alterações na dieta, desidratação e perturbações no sono. É importante que se discutam estes fatores de forma integrada, pois é na sua combinação que se deve focar a análise de preparação e planeamento das viagens”, começou por explicar João Brito, Fisiologista da USP da FPF.

Antes da viagem existiu um planeamento para que a adaptação dos atletas decorra o mais rapidamente possível. A diferença horária é já significativa e a viagem é feita no sentido Oeste, pelo que os cuidados antes da partida se focaram num estudo prévio da melhor data e hora para realizar o voo e a algumas medidas profiláticas que são prática comum da Federação Portuguesa de Futebol antes das grandes viagens.

“Nas viagens para Oeste a adaptação aos fusos horários é mais fácil, pois é como se, no destino, nos deitássemos mais tarde. No sentido inverso, acabamos por ter sono mais tarde em relação à hora local e na hora de acordar, acabamos por sentir mais cansaço, pois temos menos horas de sono. Nesta viagem para o Rio de Janeiro estamos a viajar para Oeste, o que proporcionará uma mais rápida adaptação à hora local. No entanto, tudo foi planeado de forma antecipada”, reiterou João Brito.

“Quando a Seleção Nacional sub-20 foi, em 2015, disputar o Campeonato do Mundo na Nova Zelândia, com uma diferença horária de 11 horas, existiram, naturalmente, cuidados acrescidos - não só pelo facto de existir uma diferença de quase meio-dia, mas também pelo facto de se ter viajado para Este. Para esta viagem para o Brasil, estudámos, uma vez mais, com antecedência as implicações e, apesar de alguns cuidados, não houve nenhuma medida extraordinária que tivesse de ser implementada. Estudámos o melhor voo, dentro das alternativas existentes, tivemos cuidados com a hidratação e alertámos para a necessidade dos jogadores se movimentarem durante o voo. Distribuímos meias de compressão, no sentido de promover um maior conforto e prevenir alguma fadiga associada à viagem”, prosseguiu.

“Alguns pormenores desta viagem começaram a ser pensados com muita antecedência. Tomámos a opção de viajar durante o dia para que a adaptação ao horário que vamos encontrar fosse mais fácil. Poderá acontecer, e é normal que aconteça, que, nos primeiros dias, se sinta algum sono após o jantar. Com a viagem a decorrer durante a noite, sem um sono de qualidade, a disponibilidade dos jogadores para os treinos dos dias imediatamente a seguir poderia estar mais comprometida. Com a viagem a decorrer durante o dia, conforme decidimos, a equipa deverá recuperar mais rapidamente para os treinos dos dias seguintes”, defendeu o Fisiologista da USP.

A equipa médica da Seleção Olímpica, composta pelos médicos Paulo Beckert e Carlos Martinho, pelo fisiologista João Brito, pelo enfermeiro Pedro Rebelo, e pelo fisioterapeuta João Gaspar, recomendou que, à entrada no avião, os relógios fossem acertados para o fuso horário do Rio de Janeiro (menos quatro horas em relação a Lisboa). Foram também tidos cuidados com a hidratação, tendo sido solicitado o reforço na distribuição da água durante o voo.

“Adaptar os hábitos aos novos horários desde o início da viagem é altamente recomendado. Como viajamos num voo comercial, solicitámos à tripulação de bordo que fosse efetuada uma hidratação constante durante o voo, pois é algo que ajuda à recuperação após uma viagem longa”, explicou.

“É importante que, desde o início da viagem, se comecem a ajustar as rotinas aos novos horários. É isso que esta Seleção já começou a fazer. Agora vamos garantir o ajustamento aos tempos de sono, gerir os tempos de exposição à luz solar para ajustar mais rapidamente os ritmos biológicos e ajustar os conteúdos e exigências das sessões de treino ao estado do atleta”, concluiu João Brito.

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