Fernando Fonseca: "Ouvir o hino em campo? Vieram-me lágrimas aos olhos"

Seleção Sub-19

Resistir, persistir, insistir. O percurso de Fernando Fonseca no futebol tem sido feito a pulso, mas a forma como encara as dificuldades dá razão a uma teoria famosa de Benjamin Franklin.

FOTOGALERIA

O que é que o internacional português Fernando Fonseca tem que ver com Benjamin Franklin? Recordemos uma frase imortalizada pelo escritor norte-americano: "Para quem ama, todo o sacrifício é alegria."

Primeiro no Crestuma, depois no Boavista e agora no FC Porto. O percurso de Fernando Fonseca tem sido feito sempre em ascenção e com um foco que não deixa margem para dúvidas: o objetivo do lateral-direito é singrar no competitivo mundo do futebol e tornar-se num jogador de altíssimo nível. Mentalidade forte não lhe falta: "Dentro de campo o Fernando Fonseca é uma pessoa séria, que não dá uma bola por perdida e dá sempre tudo. Acho que as minhas melhores qualidades como defesa lateral são a raça, a resistência e o sentido de entreajuda", referiu, convicto.

A Seleção Nacional é uma das suas grandes paixões. Afinal, fazer um percurso a pulso inclui sempre uma dose maior de sacrifício e o mais natural nestes casos é que as emoções fiquem à flor da pele quando os objetivos são alcançados, especialmente quando estão em causa as primeiras sensações com a camisola das Quinas: "Ouvir o hino em campo foi muito bom. Quando isso aconteceu pela primeira vez [no dia 16 de dezembro de 2014, em Abrantes, num encontro de preparação frente à República da Irlanda que os então sub-18 portugueses venceram por 2-0] até me vieram as lágrimas aos olhos porque é um momento único. Jogar pela nossa seleção, pelo nosso país...há muitas pessoas a ver e foi muito especial para mim", afirmou.

Os últimos anos são vistos por Fernando Fonseca como aqueles em que a sua dedicação à carreira foi recompensada de uma forma mais objetiva: "Nos sub-17 não jogava com regularidade, mas depois consegui agarrar a minha posição. Lutei muito, nunca desisti e agora tenho vindo a afirmar-me. Assinei recentemente o meu primeiro contrato profissional [com o FC Porto] e as coisas têm melhorado muito", salientou.

O defesa, que tinha muitas vezes a sua bola como a sua companhia mais frequente na infância, percebeu desde muito cedo qual era o seu lugar no mundo: "É no campo de futebol que me sinto feliz e onde me consigo abstrair de tudo. Quando estou a jogar foco-me apenas no jogo, embora pense muito sempre na minha família. São eles o meu grande apoio", confessou.

Concentrado há uma semana com os sub-19, que preparam o Campeonato da Europa Alemanha-2016 na Cidade do Futebol, o internacional português destaca o bom ambiente no trabalho de uma geração que vai para a sua segunda fase final consecutiva (esteve também no Euro sub-17 de 2014, em Malta): "Nos treinos tem sido um estágio espetacular e fora dos treinos também. É verdade que o ambiente entre nós está cada vez melhor. Somos um grupo muito alegre, unido, estamos sempre na brincadeira uns com os outros e ninguém leva a mal. É assim que tem de continuar a ser", frisou.

No que diz respeito aos objetivos que vão nortear a participação da Equipa das Quinas no Campeonato da Europa sub-19, as ideias estão completamente claras: "Primeiro, passar a fase de grupos e assegurar a presença no Mundial sub-20 da Coreia do Sul, em 2017. Depois, com o tempo, veremos o que podemos fazer", concluiu.

Eis o programa dos sub-19  em julho (sessões abertas 15 minutos à comunicação social):

3. 07. 2016 | domingo
10h15 Treino (Cidade do Futebol - relvado 3)

6. 07. 2016 | quarta-feira
10h15 Treino (Cidade do Futebol - relvado 2)

Clique aqui para conhecer o mapa de internacionalizações dos jogadores convocados

Clique aqui para conhecer o calendário do Campeonato da Europa sub-19 Alemanha-2016


;