O ano mais dourado de CR7

Internacional

Aqui está: o melhor do mundo FIFA, quatro semanas depois de ter ganho a Bola de Ouro! Revisite o ano de 2016 e a carreira de Ronaldo.

AS MELHORES FOTOS DA GALA DE ZURIQUE

Cristiano Ronaldo teve em 2016 mais um ano de ouro, talvez o melhor de todos.

Capitão da Seleção Nacional, campeão europeu por Portugal e pelo Real Madrid, CR7 bateu toda a concorrência e levou a melhor sobre os outros dois nomeados finais, o argentino Messi (Barcelona) e o francês Antoine Griezmann (Atlético Madrid), tendo recebido esta segunda-feira, em Zurique, na Suíça, o prémio FIFA para melhor futebolista do mundo.

O favoritismo era claro e o resultado mais do que esperado: CR7 terá tido em 2016 o mais dourado de tantos anos de ouro: título europeu pelo Real Madrid em maio; título europeu por Portugal em julho; 55 golos apontados nos 12 meses do ano (42 pelo Real Madrid, 13 pela Seleção Nacional), a reforçar série histórica de ter marcado sempre bem mais que meia centena de golos por ano nesta segunda década do Século 21.

O quarto triunfo
O prémio de melhor jogador do Mundo FIFA foi criado em 1991, tendo existido, entre 2010 e 2015, uma parceria entre a FIFA e a “France Football”, para a então designada "Bola de Ouro FIFA".

Em 2016, a revista francesa voltou a organizar sozinha a Bola de Ouro (com vitória de Cristiano Ronaldo, atribuída no passado dia 12 de dezembro, com o argentino Leo Messi em segundo e o francês Antoine Griezmann em terceiro), sendo que a FIFA mudou o nome do seu prémio para "The Best FIFA", adotando igualmente nova fórmula de eleição.

O público participa nas votações para melhor jogador e melhor treinador, representando 50% dos votos, juntamente com 200 jornalistas. Os restantes 50% são definidos por treinadores e jogadores.

Do Andorinha ao Bernabéu
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro nasceu a 5 de fevereiro de 1985, em Santo António, Funchal.

Os primeiros passos no futebol foram dados no Andorinha (1993-1995) e no Nacional da Madeira (1995-97).

A mudança para o Sporting terá sido o momento decisivo que levou a um percurso que tem ainda muito a conquistar -- mas que já entrou para a história do futebol português e mundial como um dos melhores de sempre.

Quatro vezes melhor do Mundo FIFA (2008, 2013 e 2014 e 2016; segundo classificado em 2011 e 2015), duas vezes melhor da Europa (2014 e 2016), melhor marcador de sempre do Real Madrid, detentor de recorde de golos numa só temporada da liga espanhola, três vezes campeão europeu de clubes (2008 pelo Manchester, 2014 pelo Real Madrid, 2016 pelo Real Madrid), campeão europeu por Portugal no França-2016.

A lista não acabaria aqui: o rol de recordes e conquistas pessoais e coletivas da carreira de Cristiano Ronaldo é impressionante.

No Sporting fez história por ter sido o único futebolista a jogar nos sub-16, sub-17, sub-18, equipa B e equipa sénior na mesma época.

Em 2003, uma exibição excelente no jogo de apresentação do Sporting, em Alvalade, frente ao Manchester United foi decisiva para Alex Ferguson decidir a contratação do jovem prodígio para Old Trafford.

Até 2009, somou êxitos pessoais e coletivos no Manchester United, com o título europeu de 2008 e três títulos da Premier League (2007, 2008 e 2009) à cabeça.

Em 2009, tornou-se o jogador mais caro de sempre da altura, protagonizando transferência de 94 milhões de euros de Old Trafford para o Santiago Bernabéu.

No Real Madrid, estabeleceu novos limites: ainda está a fazê-lo, de resto. Já foi duas vezes campeão europeu e conquistou um Mundial de Clubes, uma Supertaça Europeia, uma Liga espanhola, duas Taças do Rei e uma Supertaça de Espanha.

2016, mais um ano de ouro
Dizer que "este foi o melhor ano de Cristiano Ronaldo" começa a ser repetitivo -- porque quase todos os anos o têm sido. O capitão é assim: quer sempre fazer mais e melhor e o próximo desafio é sempre o mais importante.

Decisivo na conquista do Real Madrid na Champions 2015/16 (marcou até a última grande penalidade no desempate da final com o At. Madrid), decisivo no título europeu de Portugal em França, em junho/julho de 2016 (bis à Hungria no jogo crucial da fase de grupos, assistência para Nani nesse mesmo encontro, e golaço em voo na área do País de Gales na meia-final), Cristiano Ronaldo conquistou um ano inesquecível, que o lançou para um rol de prémios individuais somados nas últimas semas.

Aos 31 anos, CR7 fez de 2016 o seu ano inesquecível. Mais um. Mas este foi mesmo especial.

Os golos de CR7 na carreira são impressionantes: 571, distribuídos por 380 no Real, 118 no Manchester United, 68 na Seleção e 5 no Sporting.

A cadência na segunda década do Século 21 impressiona: sempre bem acima da meia centena por ano.

Golos de Cristiano Ronaldo por ano na segunda década do Século 21:

2011: 59

2012: 64

2013: 69

2014: 60

2015: 57

2016: 55

O total de 55 golos (em 57 jogos) de 2016 decorre dos 42 tentos apontados pelo Real Madrid (em 44 partidas), somados com os 13 golos pela Seleção Nacional, em 13 partidas (três em particulares, sete em jogos de qualificação para o Mundial da Rússia em 2018 e três nos sete jogos da fase final do Euro-2016).


;
;
9 de Janeiro 2017
Foto

FIFA/Getty Images

Notícias