Obra do jornalista Rui Miguel Tovar faz parte da coleção multidisciplinar "Livros FPF".
O "Marquês Lounge", um espaço intimista e reservado no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, recebeu esta quinta-feira a apresentação oficial da edição atualizada do livro "Almanaque da Seleção", que faz parte da coleção multidisciplinar "Livros FPF" e tem a assinatura do jornalista Rui Miguel Tovar.
Para além da natural presença do autor, o lançamento oficial de mais uma obra com o cunho do organismo que tutela o futebol nacional contou com o antigo internacional português Luís Vidigal e do editor João Gonçales (Editora Cultura). Andreia Sofia Matos, repórter da FPF, moderou uma conversa animada entre os protagonistas, que deambulou entre as suas grandes paixões: livros e futebol.
Rui Miguel Tovar não escondeu a emoção por continuar um projeto iniciado há 14 anos: "Sempre adorei a seleção, tal como o meu pai [Rui Tovar, também ele jornalista na área desportiva]. Ao contrário dele, tive a sorte de crescer numa altura em que a Seleção está em todas as fases finais e ganha. Entre 2004 [ano em que foi publicado o primeiro Almanaque] e 2018 passaram 14 anos! Agora tive oportunidade de fazer uma pesquisa mais elaborada. Fico extremamente contente com este livro, que é o legado do meu pai. Cresci a ouvi-lo matraquear as fichas destes jogos todos. As noites que perdi à conta da máquina de escrever! E não eram só jogos da Seleção A, havia também da Seleção militar, dos sub-16, da Seleção feminina..."
À medida que a conversa ia avançando, as lembranças desfiavam-se com mais naturalidade: "Uma das memórias mais marcantes que tenho da Seleção Nacional é do Europeu de 1984, quando estávamos em casa e a minha mãe festejou o segundo golo de Portugal com a França, nas meias-finais. Ela pisou sem querer o seu próprio vestido e ficou apenas com a roupa interior vestida", contou.
"Quero agradecer à FPF todo o apoio nesta aventura, que começou a ser concretizada em 2016. Vamos ver se dá sorte à seleção, também. A nossa grande preocupação é ter estatísticas de tudo o que diga respeito à principal Equipa das Quinas e penso que esse objetivo foi conseguido."
O antigo internacional português Luís Vidigal não quis perder a oportunidade de estar presente neste lançamento e recordou com gosto a sua experiência de Quinas ao peito: "O ponto mais alto da minha carreira foi representar Portugal. Lembro-me de uma frase que disse em criança ao meu irmão Lito, quando ele me criticou durante um jogo: 'Tu ainda me vais ver com a camisola das Quinas!' E quando a vesti pela primeira vez lembrei-me muito desse episódio."
O ex-centrocampista vê neste tipo de iniciativas uma verdadeira mais-valia para o futebol nacional: "As histórias que aqui estão ajudam-nos a perceber o percurso da Seleção Nacional, que vive atualmente um momento extraordinário. Devemos sentir um orgulho enorme pela equipa nacional e apoiar sempre o Presidente Fernando Gomes, os jogadores, a equipa técnica, o staff...enfim, toda a estrutura da FPF."
O editor deste "Almanaque da Seleção", João Gonçalves (ligado à "Cultura Editora"), congratulou-se por novo passo na coleção multidisciplinar "Livros FPF": "É o terceiro livro desta coleção, esta atitude da FPF é altamentre meritória. Tem alcançado notoriedade extrema e superado as nossas melhores expectativas. Este livro é uma grande enciclopédia e sinto uma honra ser herdeiro deste almanaque. Espero que seja o livro de cabeceira dos próximos dias."
Esta obra vai ser também apresentada no próximo domingo, pelas 15h00, na Feira do Livro (Lisboa).