Coelho, João Azevedo e Tunha receberam a notícia da convocatória de Jorge Braz com alegria e alguma surpresa, garantindo que querem agarrar a oportunidade.
A Seleção Nacional de futsal concentrou-se este domingo à noite em Rio Maior para cumprir um estágio de preparação tendo em vista os jogos de caracter particular diante da Rússia, agendados para Moscovo nos dias 25 e 26 de setembro.
A Equipa das Quinas vai estar presente no Campeonato da Europa Eslovénia 2018 e terá vários jogos de preparação até à fase final que se disputa entre 30 de janeiro e 11 de fevereiro.
Para estes quatro dias de trabalhos no Centro de Estágios de Rio Maior, o Selecionador Nacional, Jorge Braz, chamou 18 jogadores, entre os quais três novidades, o ala do Modicus, Coelho, o guarda-redes do CD Burinhosa, João Azevedo, e o pivô do Belenenses, Tunha.
Coelho diz estar a viver um sonho
Em declarações ao fpf.pt, Coelho, internacional por duas vezes nos jogos de preparação com a Bélgica em maio de 2012, explicou que não estava à espera desta chamada, revelando que a lesão que contraiu há uns anos lhe tinham quase tirado esse sonho.
“Não estava à espera de ser chamado neste momento. Há dois anos, numa altura em que estava a atravessar um excelente momento, em que acalentava o sonho de fazer parte deste grupo, mas depois tive uma lesão no tendão de Aquiles que me afastou cerca de um ano. Foi na altura em que assinei pelo Modicus e estive parado durante um ano. A recuperação foi difícil, mas com muito trabalho voltei a conseguir. Claro que estar aqui neste espaço da Seleção é um sonho para mim. É para isto que todos os jogadores trabalham diariamente. Sinto-me um privilegiado por poder fazer o que mais gosto, que é jogar futsal, e por poder representar o meu País. Sinto um grande orgulho em ser português e sinto-me honrado por representar Portugal. Neste momento estou a viver um sonho, pois quem está neste grupo tem de ter talento. Temos o melhor jogador do Mundo, sem dúvida, e temos vários jogadores de eleição, com quem há muito para aprender.”
Coelho lembrou o seu início, numa altura em que partilhava os jogos de rua com Ricardinho.
“Ele morava perto de mim e jogávamos à bola nos bairros. Lembro-me que na altura se falava que ele ia para o Benfica e nós ficámos muito entusiasmados por poder jogar com ele. Já na altura tinha um grande talento. Hoje, sinto-me um privilegiado por fazer parte da história do Ricardinho como amigo e por poder estar com ele na Seleção passados 15 anos. Gostava de o poder imitar, mas as minhas características são muito diferentes das dele. Felizmente consegui este momento, pois sempre trabalhei para isso.”
João Azevedo mostra ambição
Internacional sub-21, João Azevedo, foi chamado aos trabalhos da Seleção A aos 25 anos. No entanto, sublinha que a experiência que teve no escalão foi importante para poder, neste momento, ter sido chamado à Seleção A.
“Não estava à espera desta chamada. Cada jogador trabalha todos os dias, todas as épocas, para estes momentos. Sonhava chegar até aqui, mas não estava à espera, mas sinto-me muito feliz. Portugal sempre teve guarda-redes de muita qualidade. Neste momento existem excelentes guarda-redes, mas ambiciono poder vir a estar presente com regularidade na Seleção. Sei que a tarefa não é fácil, mas vou trabalhar sempre para que isso possa acontecer. Acho que todos trabalhamos com esse objetivo de poder melhorar todos os dias e é isso que eu vou fazer para poder ser recompensado por isso.”
O guardião promete que vai dar tudo para agradar à equipa técnica.
“Trabalhei nos sub-21 há quatro anos e conhecia esta equipa técnica. É importante que os técnicos conheçam os jogadores, pois existe um trabalho diário nos clubes que não é visto. É importante que tenham um contacto com o maior número de jogadores possível e as seleções jovens são fundamentais para que isso aconteça- Agora resta-me voltar a aproveitar estes dias que vou estar de novo na Seleção Nacional para poder mostrar qualidade. Vou dar o melhor de mim e ajudar no que puder.”
Depois de ter cumprido um sonho, Tunha promete muito trabalho
À semelhança dos seus colegas, Tunha também revelou ao site da Federação Portuguesa de Futebol que não esperava esta chamada.
“É sempre um objetivo e um sonho de qualquer jogador ser chamado à Seleção, mas sinceramente não estava à espera. Felizmente, este momento surgiu e agora vou trabalhar para que consiga que esta chamada não seja única e passe a ser recorrente.”
Com muita vontade de mostrar o seu valor, Tunha garante muita garra e ambição.
“O que posso prometer é muita garra. Sou um pivô de raiz e vou trabalhar muito para poder conquistar o meu espaço. É essa a minha vontade. Vou dar tudo para poder melhorar e acrescentar a esta Seleção. Quando soube que tinha sido chamado, senti uma felicidade enorme. Era um objetivo que, para já, foi cumprido. Agora o pensamento tem que ser apenas em trabalhar e assimilar todos os processos o mais rapidamente possível.”
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