Leonardo Jardim: a experiência da diversidade numa carreira sólida

Football Talks

O técnico português, que lidera atualmente o líder da Ligue 1 (AS Mónaco), vai partilhar no Football Talks-2017 a sua experiência na gestão de jogadores internacionais.

Leonardo Jardim é um dos oradores confirmados no Football Talks-2017, congresso internacional de futebol que será organizado pela FPF entre os dias 22 e 24 de março no Centro de Congressos do Estoril.

O técnico do AS Mónaco, que lidera atualmente o campeonato francês, vai voltar a Portugal para falar sobre a gestão dos compromissos dos jogadores internacionais com os clubes e seleções, um tema não raras vezes polémico e uma preocupação real das principais instâncias do futebol contemporâneo. Leonardo Jardim é seguramente uma das vozes mais avalizadas para abordar o tema pela diversidade de experiências que já teve oportunidade de acumular: afinal, treinar emblemas como SC Braga, Olympiacos, Sporting e Mónaco aumenta exponencialmente a possibilidade de dirigir futebolistas com compromissos regulares nas respetivas seleções. O calendário preenchido destes clubes de grande dimensão, por norma envolvidos em diversas competições, exige aos treinadores um planeamento rigoroso e uma dose de tolerância reforçada para que nem os interesses do clube nem os do jogador saiam prejudicados neste processo.

A consistência das equipas orientadas pelo jovem técnico (42 anos) demonstram a sua capacidade para decidir bem em contextos adversos e passar claramente uma ideia de jogo a todos os atletas que trabalham sob a sua orientação. Só assim se explicam os resultados alcançados por Jardim em projetos muito diferentes, num percurso como técnico principal que já leva quase 14 anos.

A primeira equipa orientada por Leonardo Jardim foi o Camacha, em 2003/2004, ainda antes de completar 30 anos. Ganhou o respeito dos jogadores e da direção do emblema madeirense durante as quatro épocas seguintes e teve muitas reticências em aceitar um tentador convite do Desportivo de Chaves (fazia parte da antiga II divisão B nessa altura) para tentar levar os flavienses ao escalão principal. A família não queria sair da Madeira e o jovem técnico tinha ainda outro motivo forte de hesitação: o “projeto DES - desenvolvimento desportivo, escolar e social”, uma criação sua subsidiada pelo Governo Regional que adotava os princípios de uma escola de futebol e tinha uma componente escolar importante.

A ambição foi mais forte e adotou Chaves como a sua cidade durante um ano e meio. Logo na primeira palestra, apanhou de surpresa os jogadores que olhavam de lado para um treinador jovem e com pouca experiência: disse a todo o plantel que, se em cinco anos não atingisse a primeira liga, voltava para a Madeira, onde ficaria a dar aulas. Conseguiu duas promoções seguidas e em dois anos e meio estava a treinar no escalão principal.

A carreira estava lançada e os dois anos de Beira-Mar (demitiu-se na segunda época, quando estava muito perto dos lugares europeus) foram a rampa de lançamento para abraçar um desafio ainda maior: o SC Braga, onde o presidente António Salvador lhe ofereceu um inédito contrato de três anos. A ligação seria, no entanto, muito mais curta: ficou apenas um ano, conquistando o terceiro lugar do campeonato em 2011/2012.

Começou a época 2012/2013 ao leme dos gregos do Olympiacos, mas acabou demitido quando tinha dez pontos de avanço sobre o segundo classificado do principal campeonato helénico. Nada que tenha afetado a sua carreira, já que em 2013/2014 concretizou uma "promessa" que tinha feito aos 15 anos, quando estava a ver um jogo do Sporting na televisão: um dia, haveria de treinar os leões. Levou a equipa de Alvalade à segunda posição da Liga NOS.

Depois de tantas experiências diferentes, optou por emigrar novamente a convite do dono do AS Mónaco, Dimitry Rybolovlev, em 2014/2015. Nos franceses, tem revelado toda a sua versatilidade: o projeto inicial contemplava uma orçamento astronómico para uma equipa de estrelas, mas a verdade é que o rumo mudou em menos de um ano e Jardim soube reconstruir uma equipa com jovens talentos (sobretudo) do futebol europeu, como Mbappé ou Bernardo Silva. Os resultados estão à vista.

Esta época, e apesar das diferenças de investimento para o Paris Saint-Germain, o AS Mónaco tem andado sempre nos lugares da frente da Ligue 1 e está a fazer excelente figura na Liga dos Campeões, prova onde superou a fase de grupos e protagonizou um dos jogos mais eletrizantes na primeira mão dos oitavos de final, frente ao Manchester City (derrota por 3-5).

Considerado como um dos treinadores portugueses mais conceituados da atualidade, Leonardo Jardim tem sido insistentemente apontado a grandes clubes (especialmente Juventus e Arsenal) pela imprensa desportiva internacional. A sua intervenção no Football Talks-2017 está marcada para a manhã do dia 22 de março.

O leque de quase três dezenas de nomes confirmados inclui os presidentes da FIFA (Gianni Infantino), UEFA (Aleksander Ceferin), CONMEBOL (Alejandro Dominguez), Victor Montagliani (CONCACAF), David Elleray (Diretor Técnico do IFAB), Gary Stevenson (presidente da MLS), a Diretora da Divisão de Futebol Feminino da FIFA, Sarai Bareman, o técnico português do AS Monaco, líder da Ligue 1 francesa, Leonardo Jardim, entre muitos outros nomes fortes de setores chave do Futebol, como as competições, os media, a gestão, a comunicação o marketing e até áreas como o digital, os videojogos ou a deteção de apostas suspeitas.

Não perca a oportunidade de ouvir algumas das vozes mais reputadas do futebol mundial e inscreva-se aqui no Football Talks-2017.

Conheça aqui todos os oradores confirmados.


;

Notícias