CA reúne com clubes sobre vídeo-árbitro

Arbitragem

Sessão técnica sobre VAR decorreu esta quinta-feira em Fátima e estiveram presentes 16 clubes da Liga NOS.

O Conselho de Arbitragem da FPF (CA) manteve esta quinta-feira à tarde, em Fátima, uma reunião técnica sobre vídeo-árbitro para a qual foram convidados os 18 clubes da Liga NOS.

A reunião decorreu numa unidade hoteleira em Fátima e estiveram presentes representantes de 16 clubes da Liga NOS. O encontro foi dirigido por José Fontelas Gomes, presidente do CA, e João Ferreira, vice-presidente do CA.

O Conselho de Arbitragem começou por recordar a filosofia do projeto VAR («mínima interferência, máximo benefício») e o conceito de erro claro da equipa de arbitragem como ponto de partida para a intervenção do vídeo-árbitro, de acordo como protocolo definido pelo IFAB (International Board).

A apresentação do CA passou ainda pelos quatro lances-tipo em que é possível a intervenção do VAR (golos, penáltis, expulsões e erros de identificação) e recordou os princípios básicos: decisão final é sempre do árbitro; VAR é elemento da equipa de arbitragem; decisão inicial do árbitro só será alterada nos casos em que a imagem mostre claramente que a decisão está obviamente errada; tecnologia VAR apenas será usada para erros claros e óbvios ou incidentes graves não detetados pela equipa de arbitragem.

O CA apresentou exemplos de lances de competições internacionais e falou sobre alguns erros e dificuldades de aplicação/interpretação do projeto VAR.

Houve oportunidade para relembrar que os árbitros que desempenham a função de vídeo-árbitro são sujeitos a avaliação. Foram também partilhados números sobre as situações de revisão e reversão de decisões na primeira volta da Liga NOS [Ver quadro abaixo].

O Conselho de Arbitragem informou os clubes sobre o papel que David Elleray, cooordenador técnico do IFAB, desempenhará junto da FPF a partir deste mês, no âmbito da formação do vídeo-árbitro.

A escolha de árbitros C1 para a função de vídeo-árbitro foi partilhada pelo CA, que teve oportunidade de explicar a opção e deixar claro o caminho que tenciona percorrer nesta frente.

O Conselho de Arbitragem teve oportunidade de deixar claro que é favorável à utilização de linhas de fora-de-jogo desde que tal seja possível em todos os estádios e jogos com margem de erro semelhante e a tecnologia seja validada.

Quanto ao número de câmaras, a posição do CA é que cabe à organização da competição garantir os requisitos mínimos.

O CA terminou a sua apresentação classificando como «positiva» a forma como tem decorrido a implementação do projeto vídeo-árbitro em Portugal. 

Depois da intervenção do CA foi aberto um período de perguntas e respostas.

A reunião técnica de trabalho durou cerca de três horas. Foi agendada pelo CA e ocorre a meio da época 2017/18, a primeira com vídeo-árbitro.


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