Árbitros solidários em Pampilhosa da Serra

Responsabilidade Social

Numa iniciativa da FPF, Carlos Xistra e Hugo Miguel ouviram histórias tristes da região e levaram algum material desportivo para oferecer ao clube local, o GD Pampilhosense

À medida que nos aproximamos de Pampilhosa da Serra, o panorama é cada vez mais devastador. O verde intenso e luxuriante dá lugar ao preto e ao castanho da floresta ardida. Não deixa de ser impressionante que, pouco mais de três semanas depois dos incêndios que assolaram a região, o cheiro a queimado continue a ser muito intenso.

Os árbitros internacionais Carlos Xistra e Hugo Miguel participaram numa ação solidária junto de um clube que também viu as suas instalações afetadas. O GD Pampilhosense perdeu parte do seu relvado e os jogadores estão agora impedidos de jogar futebol, tendo de recorrer a aos campos de outros clubes da região.

Os relatos que ouviram dos incêndios são impressionantes. Aliás, basta descer ao centro da vila e olhar à volta para perceber que o cenário é de devastação. É impossível imaginar o que sente quem acorda todos os dias e se depara com árvores queimadas até onde a vista alcança. Os incêndios e a forma como podem resolver a situação continuam a dominar as conversas.

O futebol, não tendo sido esquecido, passou para segundo plano, dado o drama vivido em todo o concelho. À medida que se tenta voltar à realidade, avaliam-se obras e quantificam-se custos. O GD Pampilhosense quer recuperar as instalações que utiliza e que são propriedade da Edilidade, para que o futebol possa ali voltar o mais rapidamente possível, dando continuidade a um campeonato muito positivo que vem realizando na Divisão de Honra da AF Coimbra.

Neste sentido, e de forma a minorar os prejuízos causados por tão devastadores incêndios, a FPF, em mais uma iniciativa solidária, ofereceu algum material desportivo ao GD Pampilhosense. Carlos Xistra e Hugo Miguel ouviram todas estas histórias tristes e deram também o seu testemunho.

O árbitro da AF Castelo Branco nem queria acreditar naquilo que viu: “Parece que entramos aqui num inferno. Na estrada que apanhei, praticamente foi só seguir os eucaliptos e pinheiros queimados. Todas as notícias que vimos na altura sobre o que aqui se passou não retratam minimamente o que podemos presenciar aqui e as histórias infelizes que ouvimos. É de facto muito pior do que se possa imaginar”.

Hugo Miguel falou assim do panorama que encontrou: “Estava à espera de ver um cenário de devastação, mas nunca pensei que tivesse esta dimensão. São hectares e hectares de terra queimada. Cada um tem de dar o seu contributo para quem precisa. Assim que solicitaram a minha presença, anuí de alma e coração, trazendo uma mensagem de esperança e um incentivo para que a reconstrução seja uma realidade dentro em breve”.

Assista ao vídeo aqui: 

Veja aqui a galeria de fotos da visita:

http://www.fpf.pt/pt/Galeria/gallery/281

 


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