Torneio Lopes da Silva

A história de “Ruca” e do avô Manuel

Torneio Lopes da Silva

Para um miúdo sub-14, o Mundo é um sonho e não aquilo que vem nos livros e na cabeça dos adultos. "Ruca", da AF Bragança, persegue o objetivo de ser profissional de futebol.

Os campeões são feitos de perserverança. Para todas as receitas de sucesso existe uma parte inata, mas também uma dose importante de crença, ambição e persistência.

Luís Magalhães, 13 anos, tratado carinhosamente por “Ruca”, uma simpatia dos amigos de Carrazeda de Ansiães devido às semelhanças com a personagem dos desenhos animados, ainda só vai a meio caminho do sonho: ser profissional de futebol.

Luís virou “Ruca” depois da doença. “Era uma pessoa muito nervosa...”, começa por dizer. E continua o diagnóstico: “Por causa desta doença no sistema nervoso, perdi o cabelo”. Luís acabou por rapar o problema e os amigos fizeram o resto: “A partir de agora, és Ruca”. Até hoje.

Tirando a questão estética, nada mudou na sua vida. “Aprendi a lidar com isso”, explicou. “Nunca deixei de jogar à bola, nem de fazer a minha vida normal”, acrescentou.

A luta mais difícil é outra: alcançar o profissionalismo no futebol. A disputar o Torneio Lopes da Silva pela equipa de Bragança – de onde é natural -, o avançado tem um grande aliado neste objetivo: “O meu avô sempre me apoiou no futebol. Disse-me que eu jogava bem e decidiu levar-me para o melhor clube do distrito, o GD Cachão”.

Literalmente: para que Ruca possa treinar, o avô Manuel Magalhães faz quase 100 quilómetros por treino, de Carrazeda de Ansiães até Cachão, para alimentar o sonho do neto. “Se não fosse o esforço do meu avô, não conseguia ir”, disse o jovem jogador.

O caminho não é fácil. Ainda há muitas adversidades pela frente e muitos quilómetros a percorrer. Mas “Ruca” e o avô não vão parar.


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